Apesar de censurados, chineses passam 41% do seu tempo online em redes sociais
Um relatório do Centro de Dados da Internet da China (DCCI) revela que os chineses gastam agora 41% do seu tempo online em redes sociais, o que indica uma grande mudança de hábitos dos internautas chineses, que não veem mais a rede como um simples lugar para fazer compras e ler noticias, mas também um instrumento de comunicação social e compartilhamentos, tanto de arquivos como experiências.
O gráfico abaixo mostra a parcela relativa do tempo gasto em diferentes funcionalidades da internet pelos chineses – vídeos on-line, mecanismos de busca, notícias, redes sociais e e-commerce.
A leitura de notícias, que era a principal atividade na internet dos chineses em 2008 com 49%, reduziu sua parcela para apenas 13% do tempo na rede em 2010, enquanto o tempo gasto nas redes sociais aumentou sua fatia exponencialmente nos dois últimos anos, chegando ao primeiro lugar em 2010 com 41%. Assistir a vídeos on-line também deu um grande salto, passando de 8% para 23%, enquanto o e-commerce se manteve relativamente estável.
É importante ressaltar que as redes sociais mais usadas no mundo – Facebook e Twitter – são bloqueados na China, o que abre espaço para as redes sociais locais, que tem um foco de operação totalmente voltado para o país.
Apesar da censura que o governo impõe a Internet, o Sina Weibo é mais relativamente dominante na China do que o Twitter é no no Brasil, o que mostra o quanto os chineses já estão inseridos em redes sociais.
Com certeza será interessante ver o efeito da liberação da versão em inglês do Sina Weibo no uso de redes sociais na China, e este parece ser o primeiro entre muitos casos de redes sociais chinesas que irão lançar versões em inglês, quem sabe até para expandir suas ações em outros países.
Desde maio, existem aproximadamente 477 milhões de usuários de Internet na China, tornando-a a maior população conectada a Internet no mundo.
Categoria: Pesquisas