Cresce o medo de fraude entre os brasileiros no e-commerce

| 27/09/2010 - 17:02 PM | Comentários (2)

Segundo uma pesquisa divulgada hoje (27) no 2º Congresso sobre Crimes Eletrônicos, realizado em São Paulo, o número de e-consumidores com receio de fraudes no e-commerce aumentaram 7% aqui no Brasil na comparação com o ano passado, aumentando de 57% para 64%. Mostrando que investimentos significativos em segurança não foram suficientes para diminuir esse índice.

“O ponto positivo é que a cautela vem se infiltrando entre a população. O negativo é que, na dúvida, a pessoa não compra online”, disse o advogado Renato Opice Blum, que apresentou os resultados da pesquisa, feita com 1.095 pessoas durante o mês de agosto pela Federação de Comércio de São Paulo (Fecomércio).

A pesquisa ainda revela que os brasileiros investiram mais em segurança para proteger seu computador, passando de 76% no ano passado para 80% em 2010. 14% dos entrevistados relataram conhecer alguém que foi vítima de crime virtual, contra 11% no ano anterior.

Também foi apresentado na pesquisa as principais fraudes detectadas pelos brasileiros. Clonagem de páginas pessoais em sites de relacionamento ocupa o primeiro lugar com 23,53%, seguido de desvio de dinheiro de contas bancárias, empatado com compras indevidas feitas pelo cartão de crédito (22,69%), e o uso indevido de dados pessoais (20,17%)

Comportamento e redes sociais
Além das fraudes online, a pesquisa da Fecomercio mediu alguns dados de comportamento do consumidor brasileiro na internet. O cenário é positivo para o comércio eletrônico, com 46% dos respondentes afirmando que realizam compras pela internet. Curiosamente, 65% dos entrevistados reclamam que muitas informações no comércio eletrônico não são claras e objetivas (“é um problema de marketing”, disse Opice Blum).

E 51% das respostas mostram que o consumidor tem interesse em cursos, produtos e serviços oferecidos por e-mail. “Não é spam, mas e-mails do tipo opt-in, com escolha do consumidor”, explicou o advogado. Outros 36% têm o hábito de se cadastrar em sites de empresas para obter informações.

O estudo também destrinchou o alto uso de redes sociais no País, com 74% das respostas. O Orkut, do Google, ainda lidera a lista, com 82% de participação e tendência de migração para o Facebook nas respostas de usuários com renda superior a dez salários mínimos.

O MSN/Live Messenger fica com 75% das respostas, e o Facebook está na marca de 24% dos usuários, ainda. O Twitter, com apenas 17% das respostas, mostra um público altamente qualificado, de acordo com Opice Blum.

Finalmente, 76% dos entrevistados disseram acreditar que não é crime baixar filmes e músicas na internet. O estudo completo será publicado ainda hoje no site da Fecomercio (www.fecomercio.com.br).

Tags: , ,

Categoria: Pesquisas

Sobre E-Commerce News: Fundado no ano de 2009, o E-Commerce News é um site projetado para profissionais de todas as áreas, interessados nos mais recentes conteúdos sobre o e-commerce no Brasil e no mundo. Ver mais artigos deste autor.

Comentário (2)

Trackback URL | Comentários RSS Feed

  1. Com o crescimento do número de lojas virtuais, também cresce o número de sites de baixa qualidade e que podem apresentar riscos aos consumidores.

    Lembrando, qualquer motivo de insegurança leva o e-consumidor a desistir da compra. Por mais que o e-commerce esteja sendo cada vez mais aceito pelos brasileiros, qualquer usuário que ainda não entrou neste mercado precisa que o site o deixe seguro a ponto de investir seu dinheiro em algo novo.

    Pablo Estrázulas
    iPAGARE Pagamentos Online

  2. Blog Lomadee disse:

    Além de conquistar o novo cliente é fundamental preparar e manter um ambiente seguro para navegação do cliente.
    Qualquer sinal de insegurança é motivo para a desistência da compra pelo consumidor.

    Blog Lomadee

Comente esta Matéria




Para incluir uma imagem ao lado do seu comentário, registre-se em Gravatar.