Usuários de internet não querem ser monitorados e analisados, diz estudo

65% dos usuários de motores de busca acreditam que o uso de suas informações (por empresas como o Google) para customizar os resultados das consultas seja uma má ideia, uma vez que os resultados entregues pelo buscador estariam limitados, segundo uma pesquisa divulgada em março de 2012 pela Pew Internet e American Life Project.

Uma proporção ainda maior (73%) de usuários acredita que o uso de dados pessoais para fins de personalização é uma ameaça à privacidade. Esta opinião é compartilhada entre os diferentes grupos etários, embora seja mais consistente entre os maiores de 50 anos, com 83% acreditando ser uma ameaça usar informações pessoais para customizar os resultados.

Usuários mais jovens de motores de busca tendem a ser mais receptivos a ofertas de serviços baseados em seu comportamento, com 56% do grupo etário de 18-29 anos acreditando ser prejudicial por limitar os resultados das consultas, enquanto 38% consideram positivo porque aumenta a relevância dos resultados. Uma proporção ainda mais representativa de usuários com idades entre 30-49 é mais inclinada a considerar a coleta de dados mais negativa que positiva (67% vs 27%), assim como aqueles com idades superiores a 50 anos (70% vs 24%).

O estudo também mostra que usuários desaprovam a oferta de anúncios com base em seu histórico de navegação, com aproximadamente dois terços afirmando não gostar de ter suas ações na internet monitoradas e analisadas, enquanto 28% acreditam que os anúncios customizados são úteis por serem relevantes.

Ainda assim, as opiniões sobre os anúncios personalizados se diferem entre as diferentes faixas etárias. Por exemplo, 59% das pessoas com idades entre 18-29 anos afirmam não se sentir bem com este tipo de propaganda, proporção que aumenta para 78% entre usuários de 50-64 anos e 72% das pessoas acima de 65 anos.