Projeto do e-commerce do Carrefour teve duração de sete meses
O projeto de lançamento do comércio eletrônico do grupo Carrefour Brasil, anunciado nesta segunda-feira (01/03/2010), demorou apenas setes meses – o desenvolvimento levou cinco meses. Um tempo bastante apertado em se tratando de uma plataforma para loja virtual. No entanto, a favor do curto período, a equipe de Ney Santos, diretor de tecnologia e processos, tinha o aprendizado com a concorrência.
Por ser o último dos grandes grupos presentes no País a ingressar no mundo virtual, o Carrefour Brasil centralizou seus investimentos em tecnologias maduras e consolidadas no mercado, além de incorporar as melhores práticas. Isto sem contar a própria experiência de Santos, que trabalhou por oito anos como CIO do Pão de Açúcar, fazendo, inclusive, parte do projeto Amelia.com.
Para dar conta do recado, a TI focou em soluções tecnológicas com maior escalabilidade, desempenho comprovado, segurança, que fosse amigável, ágil para os negócios e que integrasse os processos, alem de adotar um ERP especializado para e-commerce e fizesse um monitoramente técnico e funcional.
Um dos pré-requisitos na elaboração do e-commerce foi deixar a plataforma preparada para a futura integração com os demais sistemas do Carrefour. “O e-commerce operada separadamente, mas já montamos uma camada de integração”, detalha Santos. Há um ERP especializado e dedicado para comercial, logística e marketing, mas a parte de retaguarda financeira, por exemplo, é compartilhada, assim como as soluções para o Banco Carrefour e para a garantia estendida. É uma estratégia diferente da adotada pela Casas Bahia, que enxerga a loja virtual como mais uma do grupo.
Além desta integração, a solução de comércio eletrônico está preparada para futuros lançamentos de serviços, mesclando virtual e físico, como, por exemplo, a compra de um produto online com retirada e/ou pagamento em loja física. Isto só será possível porque a plataforma de e-commerce está baseada no conceito de arquitetura orientada a serviços (SOA, na sigla em inglês).
Dos R$ 50 milhões investidos, a companhia francesa não abre quanto foi direcionado especificamente à tecnologia da informação. Da TI, um gerente e três coordenadores trabalharam dedicados ao projeto. O time de Santos não é grande: são cerca de 60 pessoas, pois internamente não se faz desenvolvimento de sistemas. “Terceirizamos muito para ficarmos focados nos negócios”, explica o diretor, que acaba de completar um ano no cargo.
Entre os maiores parceiros do e-commerce estão IBM (integrador, PMO e hosting), Accurate (desenvolvimento de website e gerenciamento do ambiente), Uniconsult (ERP), ISS (segurança da informação), Braspag (gateway de pagamento), Clearsale (prevenção de risco), Linux (sistema operacional), Oracle (banco de dados), Weblogic (servidor de aplicação), Intel, Cisco (equipamentos de rede) e CheckPoint (firewall).
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