Big Data, por onde começar?
É comum na indústria de tecnologia que muitas novidades sejam frequentemente vistas como uma espécie de “Panacéia” do mundo corporativo. É exatamente este o caso do Big Data, a análise da enorme quantidade de dados e informações coletadas pelas empresas no seu dia a dia, que promete, entre outras coisas, ajudar a aumentar as vendas, descobrir novos mercados e atrair clientes. No entanto, diferente da deusa da cura da mitologia grega, o Big Data não deve ser visto como um remédio milagroso para todos os males que afligem a sua empresa. Ainda assim, nenhum empreendedor deveria se dar ao luxo de subestimar ou ignorar essa incrível oportunidade. Em resumo, os dados não falam por si. É preciso antes saber o que pretende fazer com eles. Para começar, tente responder, quais os principais problemas que afligem a sua empresa?
Só depois disso é que devemos começar a procurar – seja com a ajuda de softwares avançados ou, por vezes, apenas uma boa dose de intuição e criatividade – os dados que podem lhe ajudar. Não dá para simplesmente achar que a análise de uma montanha de dados aparentemente sem sentido vai levar a descobertas de respostas milagrosas. O Big Data é acima de tudo um ciclo de aprendizagem constante em que perguntas conduzem a respostas, que geram novos questionamentos. Desde o início do Hotel Urbano focamos em entender da forma mais profunda as necessidades, tendências e comportamentos de nossa base de viajantes e para isso sempre houve um estudo cirúrgico dos dados que captamos.
E esses dados têm nos ajudado a renovar nossas métricas de desempenho (taxa de crescimento, investimentos, etc.), desenvolvimento de produtos (novos destinos, diferentes formatos de pacotes – com aéreo ou sem, cruzeiros, etc.), gestão de relacionamento com o cliente (redes sociais, email marketing, atendimento, etc.) e organização (contratação de pessoal, aprimoramento do site, etc.), a fim de certificarmos, entre outras coisas, de que estamos nos concentrando sobre as necessidades de nossos clientes mais valiosos (de forma mais assertiva) e aumentar o Life Time Value (retorno) dos mesmos. Este tem sido talvez um dos nossos grandes diferenciais: enquanto muitas startups focam em simplesmente “trazer as pessoas para festa” focamos em “trazer elas para a festa, mas sobretudo em fazer de forma sistemática com que voltem várias vezes”.
Imagine que sua companhia é um carro e qualquer investimento em marketing que você faça focado em vendas, mas sem inteligência e o uso/estudo de dados, é a gasolina desse carro. Quando a gasolina acabar, o que vai acontecer com o seu carro? Ele para! A análise correta dos dados, entendo, é o divisor de águas entre uma operação saudável e uma dependente de investimentos agressivos o resto da vida. Ou, ao menos, até que a torneira seque. Eis o admirável mundo – ainda – novo do Big Data.
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