Empresas jovens e a web 2.0
Há dois meses tive que tomar uma daquelas decisões que marcam o caminho profissional de uma pessoa para sempre. Já trabalhava há seis anos em uma pequena empresa de telecomunicações, onde conquistei diversos avanços e cheguei ao cargo de gerente, com uma super equipe, com ótimo potencial, mas recebi uma proposta muito atraente e desafiadora de assumir uma posição de destaque trabalhando como analista sênior em uma grande empresa.
Muitos podem imediatamente fazer um paralelo entre o cargo de gerente e o de analista, ou da empresa grande e da empresa pequena, mas o que me preocupou mesmo e me levaria à decisão de aceitar ou não o novo desafio foi meu preconceito com processos e morosidade, características de grandes empresas, que pudesse influenciar diretamente no meu trabalho.
Mas a verdade é que me surpreendi positivamente ao aceitar o desafio na grande empresa, e descobri que não existe característica de dinâmica associada ao tamanho da empresa, mas sim às pessoas que trabalham nela. E isso se prova com exemplos bem conhecidos que haviam passado despercebidos por mim, até que eu mesmo parei para analisar, mas considere a gigante Google e observe que sua dinâmica é incomparável até para empresas muito menores do que ela.
O que é de fato característica de dinamismo é o espírito jovem e ambicioso que uma empresa pode ter; então, podemos separar as empresas em duas categorias, que independem do seu tamanho: as empresas jovens e as conservadoras.
Trabalhar em uma empresa com espírito jovem é bem como estar em uma empresa web 2.0, pois essas pessoas que estão acostumadas a atualizar suas timelines nas mídias sociais têm o mesmo empenho e dinamismo nas atividades corriqueiras do dia a dia e têm grande facilidade de integrar diferentes áreas em uma comunidade chamada empresa.
Nas empresas jovens, a hierarquia verticalizada é substituída por uma organização onde todos podem dar opiniões e colaborar para que projetos tenham os diversos pontos de vista, considerados para a melhoria do resultado final, tendo uma liberdade de feedbacks, assim como a interação da web 2.0 com os usuários.
Assim, aos poucos, essas empresas jovens vão substituindo o velho modelo conservador de gestão, seja em pequenas, médias ou grandes empresas, alterando a orientação que identifica as características da empresa para um modelo bipolar.
Para mim, participar dessa experiência de mudança foi muito interessante e me deu uma visão mais clara de como serão as empresas do futuro e que já se destacam no presente. E para você, leitor, vale sempre refletir: como você deseja que seu trabalho se desenvolva, de uma maneira jovem ou conservadora?
Fonte: imasters