Lojas virtuais despontam como opção de negócio
Aos 21 anos, Pedro Henrique Duarte Pires participou de uma feira de cultura japonesa, vendendo bonecos nipônicos, que são febre aqui no Brasil. Durante essa experiência, o jovem estudante de jornalismo enxergou uma promissora oportunidade de negócio e acabou montando uma loja virtual para revender os produtos para todo o País.
“Já revendi artigos da cultura pop japonesa para quase todos os estados brasileiros. Só falta o Acre. O meu investimento inicial foram os R$ 300 que tinha disponível no meu cartão de crédito universitário, para comprar a primeira leva do estoque”, lembra ele.
A loja Japapop, de Pedro, é mais uma que contribui para o crescente sucesso do comércio eletrônico no País. A previsão é de que o e-commerce brasileiro movimente R$ 10 bilhões em 2009. Somente nos seis primeiros meses deste ano, foram faturados R$ 4,8 bilhões, crescimento 27% superior ao registrado no mesmo período de 2008.
Vendas – Outro impulsionador das vendas online é o crescente número de pessoas que compram pela internet. Mais de 15 milhões de brasileiros já tiveram pelo menos uma experiência de compra pela rede. O ticket médio das comercializações também vem subindo: já chegou a uma média de R$ 323 por compra.
A confiabilidade dos internautas no e-commerce é mais um atrativo para quem deseja desenvolver negócios no meio virtual. O índice de satisfação dos e-consumidores atinge 87%. Os dados são da e-bit, empresa especializada em pesquisas sobre comércio na rede.
“São várias as vantagens de montar uma loja virtual. A principal delas é a possibilidade de fazer comércio sem fronteiras. Com a loja física, você vende apenas para aquele bairro. Já, com a loja virtual, não há limites. Você pode vender para toda a sua cidade, para vários estados e países”, diz Pedro Guasti, diretor-geral da e-bit.
Investimento – Outra grande vantagem deste tipo de negócio é o baixo investimento. “Você consegue abrir uma loja física com apenas R$ 1 mil? Acredito que não. Mas uma loja virtual é possível ser montada com este investimento”, garante Guasti.
No entanto, o dinheiro inicialmente investido na loja virtual vai depender do tipo de produto que se pretende comercializar e de como se dará a produção dos itens a serem vendidos. No caso da 28 Camisas Inteligentes, os sócios investiram R$ 15 mil, em equipamentos – Laptop (R$ 2,4 mil), impressora (R$ 300) e duas mesas de serigrafia (1,6 mil) – e mobiliário.
“Compramos as camisas, mandamos para a costureira colocar a nossa etiqueta e nós mesmos cuidamos da impressão das estampas. Já chegamos a faturar R$ 5 mil em um mês. Este tipo de mercado é sempre crescente, sempre temos novos clientes”, afirma o sócio Marcus Ferreira.
Independentemente do produto escolhido, quem pretende montar uma loja virtual também terá que realizar a abertura da empresa nos órgãos competentes e os impostos cobrados são os mesmos da loja física.
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