Empresas blumenauenses tradicionais começam a investir em sites para vender e conquistar novos clientes

Que tal comprar um vestido, um caiaque ou uma carabina de pressão pela internet? E o melhor, de uma empresa que você conhece há anos. Empresas tradicionais de Blumenau estão incrementando os negócios por meio do e-commerce, a venda via rede mundial de computadores. O crescimento deste tipo de negócio na cidade ainda é uma novidade, por isso as entidades de classe não têm informações de quantas empresas possuem site ou quantas praticam comércio eletrônico.

Todo blumenauense já ouviu falar, ou ao menos alguma vez passou em frente à Casa Caça e Pesca. Mas poucos sabem que ela existe virtualmente. Fundada em 1953, abriu há dois anos uma loja na web. Segundo o gerente e filho do fundador, James Mischur, o e-commerce iniciou atendendo pedidos de alguns clientes, que queriam mais comodidade para comprar. Os pedidos feitos via site, a maioria para o Médio Vale, garantem o sustento do negócio.

– Nosso site ainda é precário, mas este ano vamos investir nele. Pela internet, por enquanto, só oferecemos 5% dos produtos que temos na loja física por falta de estrutura – explica Mischur.

Para fomentar o uso adequado da internet como meio de divulgação e venda, foi criado em 2009 o Núcleo de Web na Associação Empresarial de Blumenau (Acib). Empreendedora do ramo e coordenadora do núcleo, Dulcimery Benevides diz que os empresários estão começando a perceber a importância da internet. O núcleo fez uma pesquisa com os 915 associados da entidade, que correspondem a 4,87% do total de empresas da cidade. Apenas 30% têm site. Basicamente são todos institucionais, ou seja, só divulgam.

– Muitos encaram o site como um gasto. Mas na verdade, se bem feito, ele é um ótimo investimento – acredita Dulcimery.

Com pouco mais de meio século de vida, a Livraria Alemã há um ano também atende por meio da rede. De acordo com a gerente da loja, Sirley Reis, há clientes de todo o país. Mesmo sem poder competir com os gigantes deste mercado, o site é mantido.

– Hoje em dia quem não está na internet é como se não existisse – avalia Sirley.

daniela.matthes@santa.com.br