Fornecer dados bancários é principal motivo para não comprar pela web
Muito se fala da comodidade de realizar compras pela internet. Em um clique, sem sair de casa, dá para comparar preços e conseguir aquele produto difícil de achar. No Brasil, 92% dos consumidores já aderiram ao e-commerce. Porém, ainda existem 8% que não compram pela web e a desconfiança de passar seus dados para a loja virtual é um dos motivos da resistência.
As informações são do Estudo sobre o Neoconsumidor, realizado pela consultoria Golvêa e Souza, em parceria com a Ebeltoft – Internacional Retail Experts, divulgado no 12º Fórum de Varejo da América Latina. O levantamento constatou que, considerando os consumidores entrevistados em outros 10 países, a parcela daqueles que não aderiram ao e-commerce é maior – 12%.
Entre os brasileiros, 55% dos entrevistados afirmaram que não gostam de passar dados do cartão de crédito ou qualquer outro dado bancário pela rede. Considerando os consumidores do mundo, 56% dos pesquisados colocaram esse motivo na lista daqueles que os impede de comprar pela internet.
Afetividade
Entre os brasileiros, 55% não compram pela web porque gostam de ver, tocar e sentir o produto antes de levá-lo para casa. Esse motivo liderou o ranking entre os entrevistados de outros países: 66% preferem uma relação mais afetiva com o produto antes de abrir a carteira.
Os brasileiros também preferem o vendedor à tela do computador, já que conversar com alguém pessoalmente é outro motivo, apontado por 50% dos entrevistados, para não aderir ao e-commerce.
A experiência de comprar na loja é apontada como razão de 40% dos entrevistados de outros países para não realizar a compra pela rede. Já a preocupação com informações pessoais circulando pela internet ficou em último lugar da lista, tanto no Brasil, como na média global.
Entre os brasileiros, 48% apontaram esse motivo como barreira para adquirir produtos pela web, entre os entrevistados de outros países, 35% colocaram essa razão na lista.
Sobre o Estudo
O “Estudo sobre o Neoconsumidor” foi realizado em 11 países com o objetivo de traçar o perfil do novo consumidor e traçar tendências de consumo. Foram feitas 5,5 mil entrevistas em julho deste ano. Somente no Brasil, 500 entrevistas foram feitas no mesmo período em São Paulo, Recife e Porto Alegre.
Entre os entrevistados, 26% têm formação universitária, 23% têm o segundo grau completo e outros 23% o ensino fundamental; 50% são homens; 44% têm idade entre 35 a 54 anos e 39% têm idade entre 19 e 34 anos.
Foram entrevistados consumidores do Brasil, Alemanha, Dinamarca, Portugal, Austrália, Espanha, Reino Unido, Estados Unidos, Romênia, Canadá e França.