Pesquisa revela hábitos de compra dos consumidores de produtos luxuosos
Nove a cada dez consumidores de produtos de luxo buscam informação acerca da compra antes de efetivá-la, é o que aponta um estudo conduzido pelo Google em parceria com a Ipsos, em nove mercados. A pesquisa também mostrou que o hábito de pesquisar online é mais comum entre consumidores de mercados emergentes, como Brasil e China, do que em economias consolidadas, como França, Estados Unidos e Alemanha, onde a média de idade dos compradores é mais alta. O estudo foi realizado com 400 pessoas em cada país, entre 13 de março e 28 de abril deste ano.
Público
A pesquisa ouviu consumidores de produtos luxuosos com idades entre 25 a 65 anos, com fontes de renda elevadas (cerca de 5-8% das famílias do mercado). Para a definição de consumidores de produtos luxuosos, o estudo considerou aqueles que efetivaram ao menos duas compras de produtos de luxo, de aparelhos/acessórios e jóias/relógios, nos últimos dois anos.
Fontes de informação
Os entrevistados dos nove mercados pesquisados afirmaram que o método mais comum para buscar informações, off-line, de algum produto é “conversando com alguém” ou “vendo e testando o produto na loja ou em alguma exposição”. Tanto nos mercados emergentes (China, Brasil e Rússia), como nas economias de primeiro mundo (Reino Unido, Itália, Alemanha, França e EUA) ler ou escutar informação na mídia é a segunda maneira mais utilizada para encontrar informações off-line, seguido por ver alguém usar o produto (mercados emergentes) e anúncios em veículos impressos (economias desenvolvidas).
Nos nove países pesquisados, aproximadamente, metade dos dados checados pelos usuários é oriunda da Internet, sendo as ferramentas de busca a principal fonte de informação. Outras fontes mencionadas incluem “olhar informação em sites” e “aplicativos”.
E-commerce
Dos motivos citados para comprar online, o mais frequente é “porque é conveniente” (53), seguido pela “possibilidade de comprar em qualquer lugar e horário” (49%) e “encontrar boas ofertas” (48%). Com relação às principais barreiras para compras na web, 65% dos entrevistados destacaram a “preferência por ver e tocar o produto” e 35% mencionaram o “risco de falsificação”;
Mídias
Concernente aos hábitos de mídia dos consumidores regulares de produtos luxuosos, o relatório elucidou que a Internet é utilizada, quase que, universalmente. O alcance da televisão segue alto, com pequenas variações no percentual de penetração de (82-89%) nos nove países pesquisados, assim como os jornais (58-65%). Contudo, no que diz respeito à leitura de revista, a variância entre os mercados é mais abrupta: 57% dos entrevistados em economias emergentes disseram ler revistas diariamente, enquanto 39% afirmaram fazer o mesmo nos mercados desenvolvidos, exceto no Japão, onde apenas 22% leem esse tipo de mídia. O rádio também apresenta índices bastante distintos em cada mercado, com uma alta presença nos países de primeiro mundo (exceto Japão), 74%, presença mediana nos novos mercados, 59%, e um índice de apenas 23% no Japão.
Outros destaques da pesquisa
– Em média, os entrevistados afirmaram gastar US$ 2.500 na última compra luxuosa que realizaram;
– Majoritariamente, esse tipo de compra ocorre off-line, com maior frequência no Japão;
– Consumidores regulares de produtos luxuosos são mais propensos que a população em geral a ter vários dispositivos eletrônicos, com tablets mantendo um índice de inserção de 73% nas economias emergentes;
– O formato publicitário preferido para produtos de luxo são vídeos e anúncios de tela inteira.
Categoria: Pesquisas