Andrew Mason diz não a oferta de 6 bilhões do Google

Eric Schmidt - CEO do Google

O Groupon, empresa norte-americana de e-commerce focada em produtos e serviços locais sediada em Chicago, teria recusado a oferta de compra do Google. Informou uma fonte próxima a negociação que pediu anonimato por se tratar de uma negociação privada. No entanto, a informação ainda não foi confirmada oficialmente pelas empresas.

Ainda de acordo com a fonte, o Google teria oferecido em torno de 6 bilhões de dólares para arrematar o coletivo, incluindo diversas bonificações que seriam concedidas aos gestores se as metas estabelecidas em contrato fossem cumpridas. Entretanto, a proposta teria sido rejeitada principalmente pelo CEO e maior acionista do Groupon, Andrew Mason, duvidando dos novos rumos estratégicos que a empresa adotaria. Além disso, Mason estaria preocupado com o que poderia acontecer com seus funcionários e empresas parceiras.

Fundada por Mason em 2008, o Groupon atraiu 35 milhões de usuários em mais de 300 mercados espalhados por diversos países do mundo, oferecendo grandes descontos em serviços como pedicures, estadias em hotéis e refeições em restaurantes, de empresas que disponibilizam em sua plataforma ofertas em forma de cupons. A empresa gera sua receita ganhando um percentual sobre tudo o que é vendido em seu site, que em média gira em torno de 50% do preço da mercadoria comercializada.

Já o Google, possui mais de 33,4 bilhões dólares em títulos negociáveis e dinheiro, oferecendo inicialmente valores entre US$ 3,5 bilhões e US$ 4 bilhões para comprar Groupon, que diante de recusas iniciais, se dispôs a pagar quase o dobro dos 3,2 bilhões dólares pagos quando adquiriu a DoubleClick.

De acordo com Aaron Kessler, analista da ThinkEquity LLC, esta negativa por parte do Groupon foi um foi um revés nos esforços do Google para diminuir sua dependência com a publicidade vinculada a buscas na Internet.”É evidente que o Google quer entrar no e-commerce de produtos e serviços locais, e o Groupon era uma forma”, disse Kessler, acrescentando que o gigante não deve desistir, “Acredito que o foco do Google não se perca em rasão desta negociação, pois há outras alternativas para se entrar neste mercado.”, finaliza.