Categorização dos produtos é fundamental para as vendas on-line, enfatiza executiva da MyGloss
Uma das características do comércio eletrônico é a capacidade de proporcionar comodidade aos consumidores, tanto na entrega, quanto no processo de compra, em que o cliente pode pesquisar melhores preços e procurar com calma pelo produto desejado, sem a interferência do vendedor, como na loja física. Entretanto, isso tudo pode não passar de um sonho, senão houver uma correta categorização dos produtos.
De acordo com Fátima A. Bana, Diretora de Marketing da MyGloss, loja on-line especializada em acessórios femininos, a categorização dos produtos, quando feita corretamente, é tão importante para o comércio eletrônico, quanto as placas de sinalização e gôndolas bem colocadas em um supermercado, por exemplo.
Segundo a executiva, que anteriormente ocupou o cargo de gerente executiva da Netshoes, sem esse planograma, o supermercado perde seus produtos e os clientes não encontram o que desejam. “Esse exemplo ilustra bem a importância das categorias, classes e famílias de produtos no e-commerce. Além disso, a categorização quando feita de forma organizada e correta, pode ajudar, inclusive, nos mecanismos de busca interna da loja, pois qualquer palavra digitada na busca, se estiver bem tageada dentro das categorias, vai gerar resultados. E isso é importante na medida em que 90% dos consumidores que procuram produtos pela ferramenta de busca da loja, convertem”, garante.
No entanto, para que a categorização traga os resultados esperados, é necessário levar em conta alguns fatores, como dar destaque aos produtos mais vendidos e colocá-los no topo da página, pois, mesmo que a loja não possua um sistema inteligente de público alvo, irá mostrar esses produtos para mais clientes, o que também vale para produtos com muito estoque, orienta. “Depois de juntar os produtos quanto ao tipo, recomento criar as categorias dos mesmos e depois classes, famílias e por fim, atributos que resultam em um único produto. Com isso vamos criar os filtros que serão usados pelos consumidores para encontrar exatamente o que estão procurando. O importante é não esquecer de categorizar o produto de acordo com todas as suas características, para que ele possa ser encontrado em todas as buscas”, explica.
Mas, apesar da importância, não são todos os comerciantes que seguem estas práticas, o que influencia negativamente nas suas vendas, considera. “Outro erro muito comum dos varejistas no momento da categorização tem sido o excesso de produtos na mesma categoria. Isso leva o cliente a se perder em inúmeros modelos de notebooks, por exemplo. Categorias com muitos produtos relacionados devem ser bem específicas, para que cada atributo seja um filtro e o cliente possa encontrar exatamente o que procura”, recomenda.
Em contrapartida, há cases interessantes que devem servir de exemplo para todo o mercado, como o do Magazine Luiza e da Amazon.com. “O Magazine Luiza recentemente mudou a sua loja e assumiu uma recategorização, melhorando significativamente os resultados da empresa. A loja ficou bem mais assertiva na visão do consumidor. Outra empresa que é muito boa em categorização é a Amazon. Lá podemos ver todos os detalhes de um mesmo produto navegando pela árvore, detalhe por detalhe”, ilustra.
Categoria: Pesquisas