Conheça os Microstoks, marketplaces que democratizaram o comércio de imagens
Independente do meio utilizado, seja computadores ou dispositivos móveis, a internet revolucionou a forma como praticamos o comércio, não somente no Brasil, mas em todo o mundo. Somado a isso, frequentemente surgem novos modelos de negócios que tornam o setor de e-commerce ainda mais rico e interessante, como a Fotografia Microstok, por exemplo, os marketplaces que democratizaram a compra e venda de imagens.
De acordo com Oleg Tscheltzoff, co-fundador e CEO da Fotolia, um dos maiores Microstocks de todo o mundo, os fundamentos do modelo têm por base dois conceitos principais – as licenças e o preço, que juntos impactaram o mercado tradicional de comercialização de imagens. “O objetivo era democratizar e legalizar o uso de imagens, especialmente para pequenas e médias empresas que não podiam arcar com os altos custos praticados pelas agências tradicionais de fotografia, e, como em qualquer outro negócio de sucesso, a simplicidade deveria ser a chave do negócio. Primeiramente, as imagens deveriam ser livres de royalties, permitindo que seus compradores as usassem em qualquer lugar, – site, mailing, flyer, folheto, outdoor , etc…, e sem limites de cópias. Além disso, os preços deveriam ser acessíveis, a partir de $1,00, dependendo apenas do tamanho da imagem. E finalmente, o site deveria oferecer um número relevante de imagens comerciáveis que pudessem ser utilizadas em diversas situações e por quase todos os segmentos”, esclarece o executivo, com exclusividade ao E-Commerce News.
Bruno Barradas, Diretor da Fotolia no Brasil, acrescenta que, no País, uma empresa que atua no ramo de Fotografia Microstock também é conhecida como um banco de imagens. “Essencialmente, o Microstock é o fornecimento de fotografias com uma licença livre de royalties, que não requer o pagamento de uma taxa cada vez que a imagem for usada, para usos específicos e provenientes de uma ampla gama de fotógrafos, a preços muito acessíveis. Estas imagens são utilizadas para satisfazer às demandas de trabalhos criativos, sem que haja a necessidade de contratar diferentes serviços isoladamente, como um fotógrafo, estúdio, modelos, etc…”, reforça.
De acordo com ele, ao contrário do que algumas pessoas pensam, os principais clientes do Microstock não são apenas agências de publicidade e departamentos de marketing e comunicação de grandes empresas, mas também, pequenos empresários e profissionais liberais. “Diversos setores do mercado utilizam bancos de imagens para suprir suas necessidades visuais, tais como jornais, revistas, gráficas, editoras, escolas, designers gráficos, e até mesmo pessoas físicas para uso pessoal”, destaca.
No entanto, todas as imagens comercializadas pertencem aos fotógrafos que as criaram, mesmo após a venda, acentua. “A compra permite o uso da imagem pelo comprador sem limite de tempo de uso e em diversas aplicações. Porém, as obras não deixam de pertencer aos seus donos. O Microstock apenas oferece um meio de adquirir as imagens e de uma forma que respeita os direitos dos fotógrafos”, evidencia o Diretor da Fotolia no Brasil.
Como se tornar um vendedor
Segundo Tscheltzoff, o processo para comercializar imagens no Microstock é simples e rápido, bastando apenas o fotógrafo criar uma conta, sem qualquer tipo de custo. “O Microstock é um mercado entre os contribuintes e compradores e tentamos torná-lo realmente simples. Se o usuário tem fotos interessantes e algum talento, seja ele um amador ou um profissional, ele pode, simplesmente, abrir uma conta gratuita em nosso site e começar a enviar suas imagens imediatamente. Além disso, não existem despesas de gestão de portfólio ou cobrança de taxas para fazer o upload das imagens”, salienta.
Ainda assim, todas as imagens enviadas passam por uma análise feita por profissionais do Microstock a fim de examinar se estão dentro dos padrões para comercialização, afirma. “Nossos moderadores irão verificar cada imagem, e, se a qualidade estiver dentro dos padrões e os direitos autorais tiverem sido respeitados, a imagem será validada, indexada e passará a fazer parte do nosso sistema, sendo reconhecida pela nossa ferramenta de busca e assim disponibilizada para venda em todo o mundo”, aponta o CEO da Fotolia.
Modelo de remuneração
O fotógrafo, assim como o Microstock, recebe apenas pelas imagens vendidas, enquanto as porcentagens pagas têm por base, entre outros fatores, o fato de o usuário contribuir exclusivamente ao Microstock ou não, além do seu ranking, – quanto mais imagens vender, melhor será sua posição e, consequentemente, maiores serão suas comissões, que podem chegar a 63% do valor da venda. “Apesar de oferecermos preços acessíveis, os nossos contribuintes conseguem obter remunerações significativas, já que uma mesma imagem pode ser comprada diversas vezes. Algumas de nossas imagens já foram vendidas mais de 10.000 vezes. Este modelo de negócio pode oferecer rendimentos substancialmente maiores aos fotógrafos e designers do que eles estão acostumados a receber através de agências tradicionais e de forma independente, devido ao enorme potencial de vendas”, enfatiza Barradas.
Tscheltzoff acrescenta que dois fatores justificam este potencial: abrangência e facilidade. “Os Microstocks ofereceram a chance para que esses fotógrafos passassem a vender suas imagens no mundo todo com apenas um clique. Podemos estimar que o número de compradores de imagens atualmente é centenas de vezes maior do que o alcançado com o marketing tradicional, criando assim inúmeras oportunidades reais de negócios”, conta.
Neste aspecto, ele comenta que, somente o Microstock Fotolia contribui significativamente para os ganhos mensais de centenas de milhares de fotógrafos em mais de 100 países. “Para alguns deles, essa oportunidade é melhor do que o ‘sonho americano’; é o sonho Fotolia. Um deles chega a ganhar 1 milhão de dólares americanos por ano”, ilustra.
O futuro do mercado de Microstocks no Brasil e no mundo
Na visão de Bruno Barradas, o mercado de Microstock mudou o mundo a tal ponto que qualquer um que tenha uma câmera digital e desenvolva suas habilidades fotográficas, tem hoje, uma verdadeira oportunidade de lucrar com seus trabalhos. Ele considera que, no Brasil, o equipamento necessário, como câmeras digitais, tablets gráficos, computadores, internet banda larga, etc…, está se tornando mais acessível, embora, ainda existam muitos brasileiros que fariam um bom uso de conteúdo criativo, mas que ainda não têm familiaridade com bancos de imagens ou com o mundo do Microstock. “Entretanto, eu vejo o Microstock como uma vitória certa no mercado brasileiro nos próximos anos. Além dos fotógrafos, os designers grá ficos também são uma fonte de conteúdo criativo sempre crescente e, sem dúvida, isso vai continuar no futuro. Podemos considerar, por exemplo, a recente regularização da profissão de designer gráfico no Brasil, o que mostra o reconhecimento das profissões criativas. Consequentemente, acredito que cada vez mais profissionais criativos vão entrar no mercado, e muitos dos que só eram entusiastas vão se tornar verdadeiros profissionais. Isso significa que, além de vermos muito mais conteúdo brasileiro proveniente destes profissionais entrando no mercado de Microstock, veremos também um aumento na qualidade e criatividade deste conteúdo”, observa.
Barradas avalia ainda que, mesmo sendo considerada recente, a indústria de Miscrostock definitivamente amadureceu na última década, motivando o desenvolvimento do mercado de fotografia e do e-commerce que continuam em ascensão ao longo dos anos, gerando uma necessidade de os bancos de imagens criarem novas alternativas para suas operações, apoiados em fortes parcerias e utilizando inovadoras habilidades técnicas. “Acredito que o futuro é para aquelas empresas que também são fortes no seu marketing e que têm um sexto sentido para o que vai ser tendência no mundo todo. Se formos especular, é possível que a indústria do Microstock precise focar em novas tecnologias, diferentes tipos de conteúdo e sua viabilidade comercial, ou seja, seu potencial de diversificação, e na melhoria das tecnologias de busca. Afinal, se um cliente em potencial quer um determinado tipo de imagem, precisamos ter certeza de que ele vai encontrá-la o mais rápido e facilmente possível. Já que o número de conteúdo criativo aumenta com os anos, a facilidade de busca precisa crescer proporcionalmente. Resumindo: ‘uma imagem sempre vai valer mais do que mil palavras’, como dizem, e não há como negar que nossa apreciação coletiva por conteúdo criativo de qualidade é universal. Esta apreciação estética é compartilhada tanto no Brasil quanto no exterior”, evidencia.
A questão é: enquanto os usuários que contribuem com o Microstock e os bancos de imagens se mantiverem em dia com as tendências, o Microstock não só irá sobreviver, como também irá prosperar no mercado de tecnologia constantemente mutável, acredita. “O mundo sempre vai precisar de imagens novas e únicas, a preços acessíveis, e aqueles que melhor fornecem isso, estão aqui para ficar”, reforça o executivo.
Categoria: Pesquisas
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