Executivo aponta Big Data e Internet das Coisas como balizadores de uma nova economia
Cunhado por Kevin Ashton em 1999, o termo “Internet das Coisas” está cada vez mais em voga no universo do comércio eletrônico. Juntamente com Big Data, conceito no qual o foco é o grande armazenamento de dados e maior velocidade, a Internet das Coisas pode transformar drasticamente a forma como as empresas personalizam seus produtos e serviços.
Edouard Hieaux, country manager no Brasil da AT Internet, explica que o início do século XXI deflagrou uma mudança no mundo dos negócios: “Extrair inteligência dos números se tornou fator crítico de sucesso. Embora para alguns setores a análise de dados seja uma necessidade já há algum tempo, a novidade é que, com o avanço da tecnologia e o aumento da concorrência, esta competência agora é determinante no mercado em geral”.
Para o executivo, um dos impactos diretos da importância estratégica dos dados nos negócios é que setores inteiros da economia estão sendo radicalmente transformados por eles: “E esse movimento deve se acentuar com a convergência entre Big Data e Internet das Coisas”, pontua Hieaux.
A intersecção dessas duas vertentes de tecnologia, então, poderá eliminar as barreiras atuais entre os mundos físico e digital: “Conectados através da Internet das Coisas que liga máquinas diversas como eletrodomésticos, vestuário e meios de transporte, os dispositivos se comunicarão entre si, se tornando um só”, acrescenta. Como exemplo dessa junção, Hieaux cita os recentes relógios “inteligentes”, lançados por companhias de tecnologia: “Esses aparelhos são integrados a sistemas operacionais, funcionam como extensão dos smartphones e facilitam acesso a aplicativos e e-mail. Além disso, podem coletar informações sobre trânsito e localização, previsão do tempo, atender a chamadas telefônicas sem que se tire o celular do bolso e monitorar batimentos cardíacos”.
Contudo, para que o real potencial dessas tecnologias seja utilizado é salutar decupar a grande quantidade de informações que circula entre equipamentos e pessoas: “Esse será o verdadeiro ouro do século XXI. Afinal, os objetos conectados passarão a ser extensões da vida das pessoas e das estratégias de mobilidade das empresas”, completa o manager. “Os KPIs, por exemplo, servem para mensurar os objetivos principais. Outro ponto importante é internalizar a inteligência e a estratégia. De nada adianta imaginar que um software de analytics resolverá todos os problemas. Ele é como um foguete: sobe, mas precisa de bons pilotos para levar ao destino correto”, comenta.
Encerrando, Hieaux enfatiza que, embora o mercado ainda esteja no início desse processo de elevar a personalização de produtos e serviços a níveis cada vez maiores, esse é um processo natural e irreversível: “As marcas que se prepararem melhor para obter inteligência a partir das informações geradas pelos consumidores nesse novo ambiente, onde há internet em tudo, inclusive no corpo, estarão na dianteira dessa nova era. Estas serão as empresas do futuro”, conclui.
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