Beacons: uma revolução na experiência do consumidor

| 26/01/2015 - 11:38 AM | Comentários (1)

Beacons

O universo virtual provê uma forte interação entre pessoas e empresas, sendo possível, por meio de ferramentas de Big Data, identificar as preferências e o comportamento do consumidor. Com informações precisas sobre o gosto dos clientes, as organizações conseguem oferecer produtos alinhados aos seus anseios, conferindo uma vantagem competitiva ao ambiente on-line frente ao off-line. No entanto, os Beacons podem modificar drasticamente esse cenário. Os sensores existentes nesta tecnologia de microlocalização possibilitam a interação das pessoas com o mundo real por meio de dispositivos móveis, como smartphones e smartwatches, entre outros, atribuindo ao ambiente off-line a capacidade de identificar as preferências dos consumidores – assim como acontece no mundo virtual.

Sensores que se conectam entre si (Internet das Coisas – IoT) e ainda utilizam Big Data e analytics dão vida aos objetos, transformando-se em poderosas fontes de informação. Empresas de diferentes setores da indústria poderão extrair dados desse intercâmbio e desenvolver ações específicas.

O crescimento vertiginoso dos dispositivos móveis influenciará esse movimento. Segundo a IDC, serão mais de dois bilhões de Smart Connected Devices até o final de 2015. A rápida transição de plataformas, o aumento do uso de novas tecnologias e a adoção intensa de sensores impulsiona essa trajetória. Os Beacons serão os viabilizadores dessa revolução que tornará a experiência dos consumidores única e personalizada.

Com Beacons, já é possível, por exemplo, fazer o check-in em um hotel pelo celular, eliminando o tempo gasto na fila. O Beacon localizado na recepção se comunica com o smartphone do hóspede, identificando se a pessoa já é cliente da rede e, caso não for, permite o cadastramento por meio do próprio dispositivo. O mesmo pode ser feito no check-out. Para isso, os clientes precisam ter o aplicativo do hotel ou um aplicativo universal, que permite a interação com todos os estabelecimentos autorizados. Além disso, com um Beacon instalado próximo à porta do quarto, é possível abri-la apenas com o smartphone, não sendo necessária uma chave. Pelo próprio aplicativo, o hóspede pode, ainda, interagir com os demais serviços do hotel, sendo possível solicitar um travesseiro extra ou fazer o pedido do jantar, por exemplo.

Ao identificar as preferências, as empresas conseguirão oferecer aos consumidores uma experiência ainda melhor na próxima interação. O hotel, poderá abastecer o frigobar com os produtos que o cliente normalmente consome e deixar o quarto na temperatura que mais agrada ao hóspede.

No varejo, a adoção da tecnologia oferecerá às companhias uma infinidade de dados que hoje são privilégio do e-commerce. Ao conhecer os hábitos de consumo dos clientes, será possível enviar recomendações inteligentes e interagir com eles no mundo off-line com base em seus dados de navegação, possibilitando, por exemplo, a oferta de um cupom de desconto ao consumidor que visualizou determinado produto no e-commerce, mas foi à loja física para prová-lo. Ou, ainda, apresentar informações importantes para o consumidor no momento em que ele estiver próximo a um produto ou até mesmo de um departamento.

Os Beacons não são restritos aos segmentos de hotelaria e varejo, podendo também aprimorar a experiência do consumidor em restaurantes, hospitais, estádios, museus e até mesmo em instituições de ensino, uma vez que podem ser configurados conforme as necessidades das organizações. A possibilidade de aumentar o engajamento com os consumidores, bem como o volume de vendas e serviços, fará com que a tecnologia seja amplamente utilizada pelas organizações de diversos segmentos até 2016.

Um dos desafios para o crescimento da tecnologia é a necessidade dos consumidores determinarem quais companhias poderão ter acesso aos seus dados e se comunicar com eles. Uma vez ultrapassada essa barreira, as empresas do mundo físico poderão extrair informações relevantes e proporcionar uma experiência única e inesquecível aos consumidores, que provavelmente se tornarão clientes assíduos de sua marca e produtos.

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Categoria: Cases

Sobre Vicente Goetten: Vicente Goetten é diretor executivo e gerente geral do TOTVS Labs. O laboratório de desenvolvimento da TOTVS no Vale do Silício foi criado em 2012 para alavancar tecnologias inovadoras e disruptivas para empresas, visando ajudar os clientes da companhia a crescer e competir em uma economia global. O executivo é responsável pela visão estratégica dos projetos de pesquisa e desenvolvimento do laboratório, promove relacionamentos e parcerias com empresas de tecnologia na Califórnia e supervisiona o recrutamento de engenheiros de P&D. Ver mais artigos deste autor.

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Comentário (1)

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  1. uilson disse:

    Boa tarde!

    Fiquei pensando, dentro do meu modesto conhecimento de tecnologia, será que todo este aparato tecnológico que aparentemente vai saber exatamente o que gostamos de fazer, comprar, ver, etc. a qualquer momento, não vai tirar um pouco da surpresa do novo? Por exemplo: Se o hotel sabe das preferências das minhas bebidas, comidas, programas de tv, isto não cercearia a oportunidade do hotel de surpreender positivamente com uma bebida diferente ou outra coisa qualquer. Pode-se dizer que a empresa logicamente teria algumas opções diferentes do que habitualmente eu consumiria, mas será mesmo? Afinal toda a empresa foca em maior rentabilidade, eficiência etc. e sendo desta forma provavelmente o estoque de bebidas seria extremamente enxuto, só existindo aquilo que tem maior chances de se consumir (já se faz isso hoje, mesmo que intuitivamente ou por Pareto). De qualquer forma acho fantástico esta massa de dados e informações que atualmente ou em futuro muito próximo, teremos acesso, basta sabermos como usar, caso contrário seremos somente meros analfabetos digitais funcionais.

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