Preparado para atender a demanda do final de ano?

| 04/12/2012 - 08:19 AM | Comentários (0)

Enfim, chegou dezembro e com ele, além das festas de final de ano, chega também o aumento na demanda por serviços e produtos. Mas, e sua empresa? Já está preparada para enfrentar o aumento da produção típico desta época do ano?

Com o objetivo de ajudá-lo a organizar toda a equipe interna para passar por este momento sem ter maiores complicações, o E-Commerce News ouviu Fernando Di Giorgi, fundador da Uniconsult Sistemas, que, além de retratar os erros mais comuns dos varejistas, deixou dicas para passar por este período sem dor de cabeça.

Segundo o executivo, o primeiro erro cometido pelos varejistas da internet é prometer um prazo de entrega que satisfaça o cliente na hora do fechamento do pedido no site, mas, que não seja praticável pela loja devido à ruptura de estoque, demora na separação da mercadoria ou falta de transporte. “Não cumprir o prazo de entrega é a principal causa da perda de imagem de uma loja virtual, afetando consideravelmente futuros acessos. O custo da recuperação da imagem da loja será muito maior do que a aceitação de pedidos de venda acima da capacidade de entrega”, assegura.

O segundo é não acompanhar o fluxo das vendas comparativamente ao planejamento. “Os parâmetros que regulam as vendas – variáveis que afetam o preço e o prazo de entrega – devem estar em sintonia com a capacidade de entrega, envolvendo tanto a logística interna quanto a externa, ou seja, o transporte. Em suma: não se deve prometer o que não se pode cumprir”, reforça o executivo.

Para que isso não ocorra o ideal é que as empresas elaborem o fluxo de caixa a fim de vender o que há no estoque. Desta forma a compra deve preceder à venda, aponta. “Isso parece óbvio, mas na grande maioria das pequenas lojas não acontece. Por isso, é preciso saber o desembolso com fornecedores, e isso inclui as transportadoras, folha de pagamento, impostos e os recebimentos através das operadoras de cartão (30 dias) e boletos (até quatro dias da venda), sempre admitindo pelo menos 5% de devoluções por precaução. É bom lembrar que parte do que se compra não será vendido”, ressalta.

Di Giorgi acrescenta ainda que o planejamento das compras, após ter sido apurado a conclusão do fluxo de caixa, deve ser conferido com a capacidade de armazenamento. “No período da segunda quinzena de novembro até o início de dezembro o fluxo de entrada de mercadorias será muito irregular. O recebimento de mercadorias será intenso entre a primeira semana de dezembro até a semana que antecede o Natal, período em que a expedição será o gargalo. Neste ínterim, a mercadoria ficará armazenada, portanto, o espaço no armazém e a mão de obra para movimentação serão limitantes físicos a serem considerados no planejamento”, orienta o executivo.

Daí torna-se fundamental considerar o fluxo de caixa refinado pelos limites físicos da logística interna. E, não menos importante, também é preciso verificar a viabilidade do transporte. “As transportadoras, embora se preparem para receber uma carga elevadíssima, têm capacidade finita, logo, é indispensável comunicar as transportadoras o volume de carga a ser expedida por dia. Deve-se obter um compromisso entre as partes com alguma margem de erro”, aconselha.

Apesar de essencial, o executivo assegura que este tipo de trabalho tem sido negligenciado por parte dos empresários do e-commerce, e aponta os motivos básicos desta falha. “A ideia que para vender através da internet basta ter a loja e, não menos importante, a falta de experiência da maioria dos lojistas virtuais nas operações do varejo tradicional”, constata e finaliza Di Giorgi.

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Categoria: Pesquisas

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