Aumenta a adesão ao mobile commerce
O uso de mobile commerce, ou m-commerce, vem aumentando a passos largos. Enquanto alguns ainda discutem se a tecnologia é sucessora legítima do e-commerce ou se ambos se complementam, mais e mais pessoas vêm experimentando as facilidades de incluir os aparelhos celulares em suas transações comerciais e criando novas oportunidades de negócios.
Pagamentos via telefonia móvel vêm sendo viabilizados com segurança. Tanto o sistema financeiro como as operadoras estão num estágio interessante de desenvolvimento em relação ao amplo uso da tecnologia. O dinheiro, que já foi de metal, papel e plástico, passará a ser virtual em curto espaço de tempo. Toda transação será realizada via dispositivo móvel. Não só isso, a partir do aparelho celular, será possível fazer todo tipo de transação: desde um financiamento bancário até a compra de tíquetes para o teatro. Nesse caso, bastaria aproximar o celular a uma célula de identificação instalada nas catracas.
Várias tecnologias disputam entre si para serem adotadas como padrão dos pagamentos físicos e virtuais. Afinal, o número de celulares em uso no Brasil é praticamente igual ao de sua população – quase 190 milhões. Com os dispositivos de segurança em fase de aperfeiçoamento, pagar uma conta fazendo uso do aparelho celular oferece um nível igual ou superior de segurança nas transações bancárias via internet.
Criptografados, os dados pessoais do usuário podem ser acessados somente se o cliente digitar sua senha – semelhante ao cartão de débito. Basta aproximar o celular a um leitor habilitado (POS), conectado a um terminal. As informações são transmitidas pelo telefone através de uma antena de curto alcance e a informação de pagamento é processada rápida e seguramente.
A popularização do mobile commerce dependerá das vantagens competitivas, principalmente em termos de custo e praticidade. Outro detalhe importante e que previne problemas é o estabelecimento de um teto para algumas transações comerciais em tempo real. Para compras acima do valor estipulado, a operação não seria mais semelhante ao débito automático, e sim ao cartão de crédito tradicional.
As redes 3G já são consideradas um divisor de águas. E as 4G devem chegar ao Brasil em 2012. Hoje, as 3G representam apenas 1% da base instalada. Trata-se de um grande passo da tecnologia móvel, com três modos opcionais: o W-CDMA (wireless code division multiple access), muito usado na Europa e em alguns países asiáticos; o CDMA (code division multiple access), adotado na América do Norte; e o TDD/CDMA (time division duplex/CDMA), utilizado na China.
No Brasil, ainda não há muitas definições sobre o modo a ser adotado como padrão. Muitos avanços vêm sendo realizados em termos de protocolos, padrões, infraestrutura e aceitação do conceito m-commerce. Mas são as limitações relacionadas a memória, bateria e segurança que ainda exigem mais atenção.
Guilherme Araújo - é diretor comercial da Online Brasil (www.onlinebrasil.com.br). Com 17 anos de atuação na área de TI, além do Data Center, uma das maiores demandas da empresa atualmente é a integração de e-mails com aparelhos de telefonia móvel (BlackBerry).
Hoje em dia as pessoas deixam de sair com documentos pessoais mas nunca esquecem seus telefones. A ANATEL divulgou recentemente uma balanço apontando que o numero de assinaturas móveis ja superou a população brasileira.
É fato que o mobile commerce é uma das grandes tendências para 2012. A concorrência entre as operadoras está acirrada, a conexão móvel vem barateando gradativamente. O consumidor local está perdendo aos poucos o medo de comprar, seja através do browser, seja através do celular.
Imagino um futuro onde todo tipo de informação fique digitalizada e armazenada em um dispositivo móvel. Isso inclui cartões de crédito, dinheiro, documentos e até as chaves de casa, por que não?