Mobile Commerce. Você está preparado?

| 28/08/2012 - 10:13 AM | Comentários (0)

Uma recente pesquisa mostrou que cerca de 4% das pessoas já fazem compras pelo celular. Já tive a experiência de comprar um livro e um DVD pelo iPhone através de um aplicativo de um grande player do mercado de livrarias e posso dizer que aprovei, a experiência foi muito interessante.

Ao analisarmos números absolutos, dentre os 150 milhões de usuários de celulares, que somados passam dos 215 milhões de celulares ativos, apenas 4%, ou cerca de 6 milhões de pessoas, compram algum produto pelo aparelho, talvez por isso não há tantas pesquisas sobre esse novo mercado, o que dificulta o planejamento de projetos que tenham como objetivo explorar esse novo canal de vendas.

Importante entender que esse é mais um canal. O mercado de internet adora siglas como S-commerce, F-commerce, M-commerce, I-commerce, E-commerce, são vendas pelas Social Midias, Facebook, Mobile, iPad e o tradicional E-commerce, são siglas mas que podem, aliás devem, gerar vendas para as marcas que investem nessas siglas, mas vamos nesse momento focar apenas nas vendas originadas pelo celular.

Não há duvidas que esse aparelho é essencial para o nosso dia-a-dia. As pessoas saem de casa sem a carteira, mas não sem o celular, isso é fato. Mais de 65% dos celulares vendidos no Brasil desde 2009 são multimídia, ou seja, são smartphones ou aparelhos que reproduzem vídeo ou som (músicas MP3). Todos esses tem acesso a web.

Esse fator acima tem trazido um novo comportamento ao usuário de celular. O consumidor entra em uma loja no Shopping, se interessa por uma camisa. Ele pesquisa no site da loja – que se tiver e-commerce – pode estar mais barata e decidir comprar pela web. Ta aí mais um motivo para as marcas entrarem no m-commerce pois o usuário pode pegar a camisa, provar, sair da loja sem levar, mais comprar pelo celular.

Uma grande miopia é pensar em m-commerce apenas em aplicativos, logo, apenas em iPhone. Vamos analisar, 215 milhões de celulares, desses, cerca de 30 milhões são smartphones e desses 5 milhões são iPhone. Pois bem, uma marca pode arriscar em focar vendas pelo celular – algo muito novo – apenas para uma parcela que tem iPhone, que decida baixar o aplicativo da marca e comprar? Eu não planejaria isso para uma marca com a qual eu trabalho.

O iPhone representa 30% dos acessos a web via celular. E os outros 70%? Estão concentrados em pessoas que acessam a web de outros aparelhos e na sua grande maioria – assim como acontece no iPhone – acessando sites por browsers próprios para web móvel, ou seja, antes de pensar em desenvolver um aplicativo para venda, a marca tem que pensar no consumidor que vai acessar sua loja virtual via mobile site, os antigos sites WAP e agora m.site. Hoje, e por muitos anos, ainda são a maioria dos acessos.

M-commerce não vai acabar com o E-commerce, ele deve ser encarado como uma nova fonte de renda, uma nova forma da empresa vender, deve-se entender que o consumidor está cada vez mais entrando na loja, pesquisando o produto, tocando, experimentando, olhando e pesquisando o preço pelo celular.

Vai perder essa venda?

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Categoria: Cases

Sobre Felipe Morais: Felipe Morais é especialista e autor do livro Planejamento Estratégico Digital. Professor de Pós-Graudação e MBA nas áreas de Marketing Digital e E-commerce. Coordenador do MBA de E-commerce da Faculdade Impacta de Tecnologia. Já atuou em empresas como NeogamaBBH, Nova.com, Tesla, TV1.com e Salles Chemestri atendendo clientes como Bradesco, HSBC, Caixa, Chevrolet, Coca-Cola, Vivo, Pirelli e Mercedes-Benz. Atualmente é Gerente de Marketing e E-commerce da Giuliana Flores. Palestrante, consultor e autor do Blog do Planejamento Estratégico digital (plannerfelipemorais.blogspot.com). Diretor de Novas Mídias da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico. Ver mais artigos deste autor.

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