Comprar, Pagar e Rezar!

| 03/11/2011 - 09:30 AM | Comentários (1)

Um dos grandes desafios de quem está começando a realizar comércio eletrônico é superar a barreira das desconfianças dos consumidores em comprar. Porém o pior disso tudo, é que está “culpa” do mercado de consumidores terem esse padrão de comportamento, é deles mesmo.

Temos um número extremamente pequeno de estabelecimento que efetuam vendas pela internet, em comparação direta aos estabelecimentos do mundo físico. Logo seria fácil supor que em se tratando de menor volume, a validação de informações de idoneidade seria mais rápida e assertiva, sim e não. Sim, pelo fato que é mais rápido, no entanto, não porque na realidade na sua grande maioria esses canais não são utilizados.

Durante as minhas aulas sobre e-commerce, sempre faço questão de perguntar aos participantes quantos deles costumam efetuar pesquisa das lojas virtuais desconhecidas antes de executar a sua primeira compra, não que isso seja um estudo, longe disso, todavia um percentual baixíssimo executa esse procedimento, ou seja, a maioria esmagadora acredita no conceito: Comprar, Pagar e Rezar!

Hoje temos sites especializados em anotar e publicar as reclamações de consumidores, para que seja mais fácil expor esses lojistas que não agem da forma que anunciam. A pesquisa é simples e rápida, além disso, podemos fazer pesquisas nas redes sociais sobre uma determinada empresa, para sabermos sua reputação, e aqui a regra é básica, se houver muita gente falando mal, com certeza outros consumidores serão os próximos da lista, e este pode ser você.

O poder de garantir que somente lojas idôneas e sérias permanecem online vendendo, cabe muito mais aos consumidores do que aos órgãos regulamentadores. Se nos consumidores nos encubarmos de ter a responsabilidade de ouvir outros consumidores e somente fazer negócios em lojista que tenham compromissos reais com seus clientes, automaticamente no amanhã, o comercio eletrônico brasileiro será um local seguro. Hoje com as redes sociais é muito mais simplificado expor opiniões e experiências, sendo uma forma discriminada de mostrar e assegurar os direitos dos consumidores.

É importante que não esqueçamos que levar vantagem no preço final, não é o fator principal e sim mais um dos que compõem uma decisão de compra. Então façamos nossa parte como consumidores 2.0 e utilizaremos o maior número de canais na internet para pesquisar a empresa onde estamos iniciando uma negociata. E mais importante ainda, compartilhar experiência negativas e principalmente as positivas, porque serão essas informações que darão subsídios aos novos consumidores.

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Categoria: Cases

Sobre Marcelo Goberto: Marcelo Goberto de Azevedo é consultor em TI há 20 anos. Escritor e redator do Mundo E-commerce (www.mundoecommerce.com.br). Atualmente como Diretor de Tecnologia na empresa DragonSoft Tecnologia (www.dragonsoft.com.br), focado em consultoria na implantação de e-commerce no conceito venda de serviço atrelada a produtos. Leciona curso de Gestão de TI com ênfase no Comércio Eletrônico. Ver mais artigos deste autor.

Comentário (1)

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  1. Cris disse:

    O lojistas estão na condição de “Vender, Entregar e Rezar!” , já que as experiencias positivas dificilmente são publicadas, porem as negativas, na sua grande maioria até muito injustas, são clamadas em alto e bom tom. Como educar os consumidores 2.0 a ler na totalidade os anuncios, entender os prazos e condições e depois publicar um elogio?

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