Liberdade para escolher o modo de pagamento aos fornecedores de plataforma de e-commerce

| 26/03/2014 - 09:11 AM | Comentários (0)

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Flexibilidade deveria ser palavra-chave no comércio eletrônico. Porém, muitas vezes não é, sobretudo na relação entre o varejista virtual e seu fornecedor de plataforma de e-commerce. Sabemos de inúmeros casos em que o lojista fica preso a estratégias das empresas responsáveis pelo fornecimento de tecnologia para implantação e manutenção da loja virtual. Um dos pontos mais incômodos nesta relação é o que diz respeito ao modo de pagamento, isto é, à forma como a fornecedora da plataforma de e-commerce cobra por seus serviços.

Existem basicamente três modos de pagamento no mercado brasileiro. O primeiro é por pageview. Ou seja, pelas taxas de visitação. O segundo é por porcentagem ou valor de pedido – aquele em que a loja virtual paga ao seu fornecedor conforme aquilo que vende. O terceiro modo de pagamento é por valor fixo. Neste modelo, o varejista virtual acorda quanto irá pagar para a empresa de plataforma de e-commerce independente do valor faturado ou do volume de acessos.

Cada um desses modelos tem suas vantagens, as quais dependem do negócio de cada loja virtual. Pagamento por pageview é vantajoso para o varejo online cujo ticket médio é alto, pois, com um faturamento global na casa dos milhões, ficaria bastante custoso realizar o pagamento por comissão ou valor de pedido.

O modo de pagamento por porcentagem representa vantagem com ticket médio baixo (geralmente, por volta de R$ 150). Assim, as lojas virtuais que se enquadram nesta categoria podem realizar campanhas agressivas de marketing, as quais tendem a aumentar o volume de visitação, mas não necessariamente as vendas ou o ticket médio. Deste modo, o varejista paga apenas por aquilo que, de fato, vender e, caso a campanha não obtenha o êxito esperado, ele não precisará arcar com mais um custo de infraestrutura.

Já o modelo de valor fixo é indicado para os varejistas que não desejam ter um “sócio”, isto é, uma empresa que ganhe em cima de sua lucratividade mensal. É um modo de pagamento para quem conta com uma estrutura já bastante estável e que pode arcar, então, com um custo fixo para os serviços de manutenção da plataforma de loja virtual e do e-commerce como um todo.

O problema, no entanto, é que a maioria das empresas fornecedoras de tecnologia de e-commerce não oferece os três modos de pagamento aos clientes. Geralmente, elas trabalham com um único modelo – aquele que lhe é mais vantajoso. Isto equivale a dizer, então, que elas não consideram as particularidades de cada negócio e isso pode, inclusive, prejudicar a loja virtual que não conseguir se adaptar ao que lhe é exigido.

Não parece justo que o lojista possa escolher como pagar seu fornecedor, de acordo com o seu negócio para que ele possa lucrar mais e, com isso crescer? Afinal, o crescimento de uma loja virtual também é o crescimento de seu fornecedor, uma vez que o varejista precisará contratar mais serviços e aumentar o potencial de seu negócio. Ou seja, ser flexível e oferecer ao mercado opções mais justas é defender que há oportunidades e crescimento para todos. O nome disso é parceria.

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Categoria: Cases

Sobre Rodrigo Schiavini: É sócio e diretor de operações na FBITS. Possui MBA em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas. Experiência em comércio eletrônico para grandes marcas dos mais variados segmentos – eletroeletrônico, vestuário e moda, educação, saúde, entre outros. Ver mais artigos deste autor.

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