Entenda como o Full Commerce pode ajudar uma loja virtual
O principal objetivo do varejo é a venda, mas, para que ela ocorra é necessário contemplar uma série de serviços que demandam muito tempo e Know How dos lojistas, fazendo com que grande parte deles não acompanhe o ritmo e acabe sucumbindo em um mercado cada vez mais competitivo. No entanto, com o advento do Full Commerce, – conceito que terceiriza toda a comercialização de produtos on-line, abordando desde a gestão do marketing, tecnologia da informação, Fulfilment e Contact Center, os varejistas têm a oportunidade de manter o foco em seu core business, deixando para um especialista a gestão da operação com todos os riscos do negócio compartilhados.
Em entrevista ao E-Commerce News, Rodrigo Schiavini, diretor de operações da FBITS e-Business Partner, especializada em soluções para e-commerce, explica que o conceito de Full Commerce está se tornando cada vez mais popular no comércio eletrônico brasileiro, pois oferece inúmeros benefícios aos lojistas, como a possibilidade de terceirizar todas as áreas do e-commerce com uma única agência. “Em nosso caso, por exemplo, realizamos todos os trabalhos críticos de uma loja virtual, iniciando pelo marketing, englobando toda da tecnologia (Plataforma de e-commerce, Ferramenta de busca, E-mail marketing e Gateway de pagamentos), operacionalizando o fulfilment (armazenagem, separação, conferência e expedição com WMS) e concluindo com o SAC para manter a excelência no atendimento ao consumidor. Este conceito também é conhecido como One Stop Shop, em que é possível encontrar tudo em um só local / fornecedor”, explica Schiavini.
Outro diferencial do conceito é, segundo o executivo, a remuneração que varia de acordo com os resultados. “O modelo tradicional geralmente é remunerado em função do serviço prestado. Em uma loja virtual, é mais comum cobrar-se por pageview; em uma agência de marketing, é comum cobrar um percentual sobre a verba de marketing aplicada no período, e assim vai. A grande vantagem de um Full Commerce está no compartilhamento do risco, pelo sucesso do trabalho, ganhando comissão sobre as vendas. Por exemplo, a agência opera o canal de e-commerce do varejista e é remunerada pelo sucesso das vendas, através de um comissionamento. Como o risco é compartilhado, em caso de campanhas que não atingem a meta, não há necessidade de desembolsos extras por parte do varejista, e no caso do sucesso, os ‘louros’ são compartilhados também”, esclarece o diretor.
De acordo com ele, é justamente o compartilhamento dos riscos que torna o Full Commerce verdadeiramente atrativo, tanto para o varejista quanto para a agência, que terá que se esforçar para lucrar. “Esses profissionais estudam o dia a dia da loja virtual, o comportamento dos consumidores, abandonos, etc…, e desenvolvem estratégias para aumentar a conversão. Afinal, quanto mais vendermos, mais ganharemos. Ou seja, todas as ações realizadas pelo Full Commerce são focadas em vendas para ter como resultado o ganha-ganha”, reforça
Para Rodrigo Schiavini, o conjunto destes fatores fazem com que o mercado de agências Full Commerce no Brasil siga promissor. “O futuro é ter cada vez mais empresas Full Commerce, pois os clientes estão deixando de contratar empresas que não tenham compromisso com o objetivo final, que no caso do e-commerce é vender. Hoje, o comum é ter agências ganhando comissão sobre o valor investido pelo cliente, porém, se a campanha não obtém sucesso, a agência ganha do mesmo jeito e neste caso quem paga a conta é apenas o cliente. No entanto, é importante destacar que este modelo não é sustentável, é preciso comprometimento com as ações e ganhar se o cliente ganhar, isso sim é sustentável”, considera.
Categoria: Pesquisas