Reclamação nos tempos de internet
Até hoje o caminho mais conhecido para quem se sente prejudicado em alguma relação comercial é procurar o Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor). Mas, nos tempos de relações virtuais cada vez mais presentes e acessíveis, o site Reclame Aqui tem conquistado os internautas dispostos a botar a boca no trombone virtual contra as empresas que desrespeitam o direito dos consumidores.
Uma página na internet serve de ponto de encontro entre os reclamantes. Ali, mediante um cadastro, são postados todos os incômodos e transtornos que o consumidor arrasta, geralmente após já ter feito contato com a empresa e não ter obtido nenhum resultado.
É neste ponto que o site entra, agindo como intermediário entre a empresa e o consumidor lesado.
As respostas enviadas pelas empresas são publicadas na página virtual e ficam disponíveis para toda a rede. Um ranking aponta quem mais responde e quais áreas geram mais reclamação, o que pode servir de referência para consulta antes da aquisição de um determinado produto ou serviço.
Desde o ano passado, o administrador de empresas Luiz Eduardo Vieira Barbosa, 37 anos, é usuário assíduo dos serviços do site. Ele conta que antes fez contato com o Procon, mas não teve uma resposta satisfatória. Sua primeira reclamação foi contra a Vivo, empresa que ocupa o quinto lugar de reclamações no Reclame Aqui e a quarta posição no Procon.
Ao todo, ele revela que já cadastrou oito reclamações no portal. “Do total, tive resposta em 60%. A partir das respostas, tive o caso resolvido em 30% das situações”, calcula o administrador.
A mais recente reclamação foi contra a loja virtual Submarino, pela entrega de um DVD amassado. A compra foi realizada no Natal mas o problema só foi solucionado no dia 16 deste mês.
Para o usuário, o site é uma ferramenta positiva e que pode se tornar critério de visitação antes de efetuar qualquer compra. “Quando a gente entra no portal já vê, por exemplo, quais as empresas boas e ruins. Tudo o que quero comprar antes entro lá e vejo sobre a empresa”, ensina. “Aprendi que é importante fazer a avaliação antes da compra. Depois, já era”, conclui.
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