43% dos empreendedores estão confiantes com seus negócios para 2016; Veja a avaliação de quatro deles

Mesmo com um cenário econômico conturbado, 43% dos empreendedores brasileiros estão confiantes com seus negócios para os próximos seis meses. É o que mostra o Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresário (ICMPE), elaborado pelo  Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) no último mês de 2015.

O estudo mostrou porém que 40% dos empresários entrevistados estão pessimistas com os rumos das economia para 2016, mesmo que parte ainda demonstre confiança no seu próprio negócio. 83% dos participantes da pesquisa afirmaram que a economia piorou. Já na análise voltada aos negócios, cerca de 63% dos empreendedores acham que seus negócios sofreram um declínio.

Dentre os otimistas, 33,6% justificam essa esperança com uma possível recuperação na economia, com melhora da renda, arrefecimento da inflação e queda no desemprego. Já 37,6% das pequenas empresas que acham que a economia vai melhorar acreditam em uma possível resolução da crise política, enquanto 30,3% acreditam na recuperação do mercado consumidor.

Para ilustrar esse relativo otimismo, listamos abaixo quatro empreendedores que avaliam como foi o ano de 2015 e como veem seus negócios para este ano. Veja:

Luan Gabellini – Betalabs

“O ano de 2015 foi desafiador, com o cenário econômico turbulento. Mesmo com dificuldade nós conseguimos crescer dentro do planejado”, afirma Luan Gabellini, sócio-fundador da Betalabs. Especializada em plataforma de gestão para comércio eletrônico, a empresa espera fechar o ano com crescimento de 80% sobre o faturamento de 2014, que foi de R$ 4 milhões. Para 2016, o empresário se mantém cautelosamente otimista. “Acreditamos que será também um ano duro, com muita inadimplência. Mas acreditamos também que podemos ter um melhor segundo semestre se os problemas políticos do Brasil diminuírem”, afirma Gabellini.

Vincenzo Papariello – VP Concursos

“Não foi fácil, mas os obstáculos e restrições que tivemos que enfrentar ao longo de 2015 fortaleceram ainda mais nosso time”, afirma Vincenzo Papariello Júnior, sócio-fundador da VP Concursos, startup especializada em coach e preparação para concurseiros. “Amadurecemos muito pessoalmente e como empresa”, diz. “Nos sentimos preparados para enfrentar os desafios que nos esperam em 2016.”

Thoran Rodrigues – BigData Corp

“O ano de 2015 foi surpreendentemente bom para nós”, diz Thoran Rodrigues, sócio-diretor da BigData Corp, startup que oferece análise de grande quantidade de informações para outras companhias. Para 2016, a expectativa é seguir com crescimento. “Contamos com algumas vantagens: primeiro, somos uma empresa de tecnologia, setor que normalmente funciona descolado dos ciclos de crescimento do PIB”, diz o executivo. “Segundo, oferecemos no mercado produtos que tem dois objetivos claros: otimizar processos e aumentar vendas”, complementa. “Esses dois objetivos são especialmente importantes em momentos de crise, o que melhora ainda mais nossas perspectivas.”

Jonathan Lima – Pagar.me

“A retração econômica sinceramente não nos assusta”, afirma Jonathan Lima, diretor de Tecnologia da Pagar.me, empresa fornecedora de infraestrutura de meio de pagamentos.  “Vendas on-line é uma excelente alternativa para reduzir custos e ampliar o base de clientes. Então para 2016 a expectativa é continuar a crescer dois dígitos ao mês e diversificar nossa base de clientes ainda mais”, complementa. A Pagar.me também aumentou a base de funcionários em cerca de quatro vezes, passando de nove para 40 pessoas e a expectativa é que esse número aumente em 2016. Além disso, a empresa esperar continuar realizando investimento para aumentar sua receita.