Giuliana Flores completa 25 anos e cresce 20% em 2015
Para um empreendimento conquistar bons resultados é preciso empenho, ótimas ideias e boas doses de sorte. Passar por três crises econômicas e transformar uma banca de flores em um dos e-commerces mais representativos do país e líder em seu segmento — ultrapassa qualquer parâmetro de sucesso. É o caso de Clóvis Souza, fundador da Giuliana Flores, floricultura online, que completou 25 anos e espera crescer 20% até o fim de 2015 – com média de 25 mil pedidos entregues por mês, a empresa fecha o ano com ticket médio de R$ 118,00.
Parcerias
Um dos principais fatores para que a empresa continuasse a crescer mesmo com um panorama desfavorável no comércio foi o modelo de parcerias adotado. Com entrega de kits em até 3 horas para todo o Brasil, a Giuliana Flores conta com floriculturas parceiras em cidades espalhadas do Nordeste até o Sul do país.
“Até o início de 2016, teremos cerca de 100 comércios integrados automaticamente à nossa plataforma online, ou seja, os parceiros receberão os pedidos assim que entrarem no sistema, agilizando o processo de entrega e garantindo a satisfação dos clientes”, afirma Clóvis.
Da banca para a Internet
A história de Clóvis com as flores vem de muito cedo. Aos dez anos de idade, ele começou a trabalhar em uma floricultura instalada embaixo de sua casa, no bairro da Moóca, em São Paulo. O garoto queria conquistar sua independência financeira e por isso iniciava seu turno às 14h, depois da escola. Em pouco tempo, Clóvis transformou seu trabalho e experiência em um negócio próprio ao abrir sua primeira loja na cidade de São Caetano do Sul, no ABC Paulista.
25 anos depois, a Giuliana Flores deixou de ser uma floricultura de bairro para se tornar referência no comércio eletrônico nacional. A iniciativa virtual, porém, não surgiu da forma mais natural possível. “A ideia era manter um catálogo online, mas decidi não perder oportunidades e experimentar vender pela Internet. O volume de visitas no site me surpreendeu e por isso abri a loja virtual”, afirma.
Junto com o aumento de pedidos, os desafios também se multiplicaram – principalmente em logística e no atendimento aos clientes. Aos poucos, o negócio adotou medidas como o acompanhamento das reclamações para evitar que se repetissem com outros consumidores e o monitoramento da mercadoria, do momento do pedido até a entrega.
Referência no e-commerce brasileiro
A mudança de foco da empresa – do físico para o digital – no início dos anos 2000 coincidiu com o estouro da bolha da Internet. “Não tive dificuldades nessa época. Só fui ouvir falar sobre a bolha anos depois, quando repórteres e empresários disseram que fui corajoso de investir na Internet neste período. Eu não tinha nada a perder e, contrariando a onda do mercado, cresci muito graças à migração para o virtual”, afirma Clóvis.
Em 2008, outra crise financeira atingiu o mercado global, mas a Giuliana Flores perdurou ao entregar produtos de alta qualidade e mantendo a excelência no atendimento aos clientes. A primeira loja ainda existe e foi ampliada e, mesmo representando uma parcela pequena no faturamento da empresa, funciona como showroom. “Atualmente, 90% da receita vem da loja online, e os kits também estão à venda em grandes varejistas da internet”, ressalta Clóvis.
Mais do que flores: presentes
Com uma logística bem acertada, pôde-se diversificar o catálogo de produtos. Para datas comemorativas, como o Dia das Mães e o dos Namorados, a Giuliana Flores monta kits especiais, que incluem chocolates, vinhos, perfumes, bichos de pelúcia – além de flores.
Estes kits ajudam a aumentar em até 40% o valor médio das compras na Giuliana Flores. Além da loja principal, Souza tem outros dois negócios – os sites Cestas Michelli, lançado em 2004 para vender cestas de café da manhã, e Nova Flor, criado em 2005 como uma floricultura online focada em clientes das classes C e D.
Juntas, as empresas respondem por 20% do faturamento do grupo. Apesar da diversificação de negócios e de mercados, as flores continuam sendo o produto principal da Giuliana Flores. Toda semana, Clóvis comparece à Ceagesp, em São Paulo, às 4 da manhã, onde seleciona cuidadosamente as flores e toma um café com seus fornecedores. “Estar próximo desses amigos é parte essencial do negócio”, finaliza Clóvis.
Categoria: Balanços