Para executivo, ERP é tão importante para as vendas online quanto a própria loja virtual
Você sabe qual a importância de um sistema integrado de gestão empresarial para uma loja virtual? E quais cuidados devem ser tomados na escolha do ERP de um e-commerce? Uma vez integrado, o que precisa ser monitorado constantemente? Em entrevista ao E-Commerce News, Wilson Rezende, diretor de operações da E-convert, esclareceu essa e outras questões concernentes a ERP.
Oriundo do inglês, de “Enterprise Resource Planning”, ou “Sistema Integrado de Gestão Empresarial, em português, o ERP consiste em forma de sistema que reúne dados e processos de uma organização em um único sistema. De acordo com Rezende, uma loja virtual sem integração ERP trabalha no máximo com 50 pedidos/dia: “Ultrapassando essa quantidade a operação perde o controle e escala de crescimento”, afirma. “A ausência desse tipo de sistema transforma pessoas em ‘webservices’ com nomes: o José, a Marisa, a Fernanda… Ou seja, as pessoas pegam as informações da plataforma e redigitam em um sistema de ERP que emite a nota fiscal e faz muito pouco além disso. Realmente não vale a pena”, complementa Rezende.
Plataforma e ERP
Para o executivo, o ERP é tão salutar para os negócios online quanto a própria plataforma de vendas: “Trabalhar com um ERP é muito importante e na nossa visão ele faz o meio de campo entre todos: Plataforma, Logística, Integração com os Marketplaces”, acrescenta. Rezende salienta que lojas virtuais que não possuem, ou não dominam, sistemas ERP acabam desperdiçando, em média, dois anos.
A hora da escolha
Antes de definir a plataforma de e-commerce e sistema de ERP o lojista precisa compreender o que está adquirindo. Nesse quesito, o diretor da E-convert elenca alguns pontos que não podem passar despercebidos, como: reunir o time da empresa e procurar entender como funcionam os fluxos internos, desde a chegada dos produtos, à venda e despacho; não pesar apenas a questão financeira na hora de definir sistemas; averiguar todos os detalhes do sistema antes da compra, como se existem limitações que o ERP possa trazer às funcionalidades da plataforma e vice-versa;
O que monitorar
Após a integração dos processos no sistema da loja virtual através de um ERP, alguns pontos devem ser monitorados constantemente, para que nada saia do planejado. Rezende menciona dez aspectos que não podem fugir do escopo do lojista:
1 – Disponibilidade da loja no ar. “Hoje muitas pessoas nem sabe da importância disso, mas se ficar um dia fora do ar pode ser seu lucro do mês”, destaca.
2 – Tempo de abertura. “Aqui é importante atentar ao peso das imagens e dos banners e se um plugin colocado esta interferindo na performance”.
3 – Fechamento de pedidos. “Deve ser fácil e breve”.
4 – KPI – O ideal é que o empreendedor consiga comparar diariamente as vendas que planejou x vendas concretizadas. “Ao menos cinco indicadores principais de sua operação precisam ser acompanhados. Você vai se surpreender com o resultado”, completa o diretor.
5 – Google Analitycs – A ferramenta de análise e estatística deve ser consultada de forma recorrente, mensurando e comparando os resultados das campanhas promovidos.
6 – Taxa de rejeição e funil de compras – “Para essas duas métricas você precisa destinar um tempo, pois aqui pode escoar boa parte do lucro da empresa”.
7 – Prazo de entrega – O foco nesse ponto deve ser em prazos, embalagem e preço do frete. “Frete é negociável e demanda atenção especial, pois vendas podem ser perdidas nessa hora”, salienta Rezende.
8 – Produto – A seleção de produtos deve ser criteriosa, mas não a ponto de exibir poucos itens a ponto do cliente não encontrar o que procura e não voltar mais na loja virtual.
9 – Estoque – Estudar giro de estoque e contar com um ERP que traga relatórios são as peças-chave para lidar corretamente com esse aspecto.
10 – Atendimento – Rezende recomenda a capacitação dos atendentes da empresa, visando atingir uma excelência do atendimento prestado: “Não coloque chat sem ter gente qualificada para atender, monitore os atendimentos e evite terceirizar esse setor, a não ser que não tenha opção”, completa.
Loja Física e Loja Online
Por fim, Rezende aconselha aos lojistas que possuem uma loja física, além da loja online, a organização de uma filial dentro do sistema de gestão, separando o estoque para comércio eletrônico do estoque para a loja física. “Isso vai permitir trabalhar com mix e preço diferente na loja online”, argumenta.
Categoria: Balanços