E-Commerce pode faturar US$ 1,4 trilhão em 2015 no mundo, diz Cisco
O e-commerce global, que inclui tanto compras de bens como viagens e automóveis quanto vendas de varejo online, crescerá 13,5% ao ano até 2015, quando deve atingir um giro total dos negócios na casa dos US$ 1,4 trilhão, segundo estudo divulgado pela Cisco Systems Inc Economics & Research Practice. A empresa entrevistou 32 varejistas que atuam com vendas on-line em plano internacional para definir suas prioridades, processos e complexidades de mercados específicos envolvidos no comércio exterior via e-commerce.
Primeiro, um varejista que atue na rede terá de decidir quais as regiões onde quer iniciar ou expandir seus negócios. Após a escolha de um mercado, o mais importante é perceber o montante de receitas que hoje em dia são auferidos nestes locais para poder estimar quanto poderá vir a ganhar. Em seguida, deve se estudar a infra-estrutura que este país oferece em aspectos em que seu negócio de e-commerce seja sensível, tais como a qualidade das conexões a rede, dos sistemas de pagamento e de transporte de volumes. “O nível de popularidade do e-commerce em determinado país é sempre o melhor indicador de que este mercado esta pronto para este tipo de comércio e há chances de sucesso em embarcar em tais mercados”, afirma o relatório.
Os varejistas do e-commerce também têm de considerar como pretendem trazer novos produtos ou alterar os já existentes conforme o gosto da população de forma que seu serviço traga algo novo e corresponda as expectativas da comunidade local. Estas considerações também devem guiar como o comerciante irá gerenciar suas vendas em outros países.
A Cisco recomenda que as funções de administração básica da empresa, como gerenciamento da marca e das plataformas tecnológicas e de navegação do site, sejam feitas a partir da matriz da empresa, deslocando para o país da filial funções que necessitem de conhecimento das especificidades de cada mercado local. Nestas tarefas se incluem a negociação com os transportadores locais, recebimento de pagamentos e contatos com bancos, além do merchandising e marketing. Há diferenças fortes nas culturas dos países que devem ser respeitadas para que se tenha mais chances de se obter sucesso, alerta a Cisco. Os empresários também devem considerar a contratação de especialistas qualificados em marketing e merchaindising local nos países onde desejem atuar, pois esta área é particularmente sensível aos gostos e costumes de cada localidade, e deve se buscar uma aproximação com as preferências de tais clientes. As próprias estratégias de promoções podem ter receptividade diferente entre os países.
Apesar de projetos de expansão global serem bastante trabalhosos, a Cisco afirma que os ganhos potenciais justificam tais esforços. Ela estima que mesmo com os Estados Unidos, Reino Unido e Japão chegando a uma parcela do mercado global de e-commerce de 53% das vendas em 2015 conforme prevê, países como Espanha, Brasil, China, Rússia e México devem crescer a médias anuais de 26% ao ano até esta data. Ou seja, existem oportunidades lucrativas ao se olhar para além de suas fronteiras!
Categoria: Pesquisas