Pressionada por editoras, Amazon deixará de dar descontos a e-books
As editoras saíram vitoriosas na guerra de preços contra a Amazon. A maior varejista online de livros atendeu à demanda de três grandes casas editoriais e vai parar de conceder descontos a versões para e-book de best-sellers novos, informou o Wall Street Journal.
A Amazon e a Macmillan já trocaram golpes sobre preços em fevereiro, e a Macmillan saiu do ringue sem um arranhão. Agora a Simon & Schuster e a HarperCollins também se recusam a permitir que o varejista determine o preços dos e-books.
Para se manter competitiva com a Apple e seu iPad, a Amazon precisará manter o máximo de editoras em suas estantes. Como muitas delas recusaram o preço-base de 9,99 dólares e simpatizaram com a intenção do iPad de vender e-books na faixa de 15 dólares, a Amazon foi obrigada a reconsiderar sua posição.
Essa notícia também significa que os rumores de que a Apple iria chegar aos preços da Amazon são falsos, já que são as editoras que estão sob controle da negociação.
Curiosamente, a Random House, maior editora de livros do mundo, ainda não escolheu um lado, provavelmente por medo da influência negativa do iPad na fixação de preços de e-books.
Alguns observadores acreditam que as editoras têm a “visão de fim de túnel” em relação a preços, e um aumento poderia ter um impacto negativo no crescimento do mercado de e-book.
Procurada, a Amazon recusou-se a comentar o artigo do Wall Street Journal.