Mobile Commerce: entenda as diferenças entre sites e aplicativos
Hoje, por conta das frequentes mudanças no comportamento do consumidor, que está cada vez mais provido de aparelhos portáteis, desenvolver um canal mobile deixou de ser um diferencial para se tornar obrigatório entre as empresas, seja por meio de websites ou aplicativos. Mas, quais são as diferenças entre estas duas tecnologias?
De acordo com Wilson Cunha, Diretor de Negócios da Viewit Mobile, existem inúmeras diferenças entre os sites e aplicativos móveis. No caso deste último, a principal vantagem está em sua capacidade de interagir com as funcionalidades dos dispositivos. “Os sites mobile ficam limitados ao browser do aparelho e não conseguem interagir com a câmera, por exemplo. Já os aplicativos conseguem acessar todas as funcionalidades do aparelho como a câmera, notificações, etc…”, explica o executivo ao E-Commerce News.
Outro ponto a favor dos aplicativos é a velocidade do carregamento da página, aponta Cunha. “Normalmente os aplicativos são mais rápidos do que o site mobile, pois quando é instalado já traz grande parte do conteúdo gráfico na instalação, enquanto que o site mobile precisa fazer o download de tudo todas as vezes que for acessado, e como a qualidade das conexões 3G normalmente é baixa, os aplicativos levam vantagens”, justifica.
Por outro lado, os aplicativos requerem uma versão para cada tipo de sistema operacional, o que se torna uma desvantagem frente aos websites, considera. “Os aplicativos normalmente são desenvolvidos para um sistema específico, por exemplo, o iOS da Apple e precisam ser reescritos para rodarem em outros sistemas como o Android, já um site mobile pode ser desenvolvido uma única vez e acessado por qualquer sistema”, esclarece.
Outra vantagem dos websites está em sua aderência com as ações de marketing digital, já que, ao contrário dos aplicativos, podem ser acessados sem a necessidade de instalação. “Um exemplo disso são as campanhas de e-mail marketing, pois uma chamada para ação dentro do e-mail pode gerar melhores resultados quando o cliente tem condições de dar sequência diretamente pelo aparelho sem perder o impacto inicial do e-mail”, enfatiza.
Ainda assim, a necessidade de instalação não é, na visão de Cunha, um fator negativo para os aplicativos, mas, um benefício a ser explorado. “Os aplicativos tendem a ser projetos direcionados a empresas que desejam criar um vínculo mais profundo com o cliente. Por exemplo: uma rede de farmácia oferece um aplicativo para que o cliente compre produtos pelo smartphone. Como esses produtos normalmente são comprados de forma recorrente, faz sentido ter um aplicativo instalado no smartphone. Por outro lado, uma loja que venda um produto específico de baixa recorrência pode oferecer apenas um site mobile”, ilustra,
Neste aspecto, enquanto os websites atendem as necessidades mais básicas dos varejistas, os aplicativos podem ser usados para aprimorar a experiência do usuário. “A recomendação de um site mobile é para todas as empresas, já os aplicativos ficam para aquelas que desejam também criar funcionalidades adicionais. Por exemplo, a Amazon que tem um site mobile de e-commerce, também oferece um aplicativo que agrega outras funcionalidades como um leitor de código de barras integrado na aplicação”, salienta Cunha.
No entanto, mais importante que a tecnologia utilizada, é atender o novo consumidor. “O mobile está revolucionando a forma como interagimos com o mundo, essa revolução já é bastante forte nos países mais desenvolvidos e em breve essa onda também chegará com a mesma força ao Brasil. É importante que as empresas se preparem o quanto antes para esse novo canal, pois assim poderão aproveitar melhor as oportunidades”, finaliza.
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