Por que apostar no e-commerce de moda?

| 31/08/2012 - 00:02 AM | Comentários (2)

Há cinco anos o segmento de moda era uma fatia insignificante no mercado de e-commerce brasileiro. Poucas marcas acreditavam que haveria público para essa categoria, já que o hábito de tocar e experimentar as peças estava enraizado na cultura de compra dos brasileiros.

Após anos comprando eletrônicos e livros, o consumidor começou a usar sua experiência no mundo online para se arriscar na categoria de moda. O aumento do poder aquisitivo da população, associado à maior acessibilidade às tendências de moda internacionais, por meio de sites e blogs, impulsionaram o consumo de roupas, calçados e acessórios, tendo como principais consumidores as mulheres. Já não fazia mais sentido pesquisar tendências e olhar looks no ambiente online, para depois ter que procurá-los no offline.

Outro fator fundamental para o sucesso de produtos de moda na internet foi o esforço dos varejistas para compensar a ausência do toque com informações detalhadas sobre tecido, medidas, fotos de alta resolução e fotos em manequins para mostrar o caimento das peças. Tudo isso fez com que o consumidor passasse a comprar com mais confiança.

A tendência do mundo online como um todo é tornar-se cada vez mais visual, e este é um apelo fortíssimo para o e-commerce de Moda. Imagens e vídeos vão estar mais presente nas experiências de compras, e o conceito de marca e estilo vão ditar quais serão as regras de comunicação e perfil de navegação dos usuários da categoria.

De acordo com a 25° edição do relatório Webshoppers, a categoria de moda já se estabeleceu como a quinta mais vendida no e-commerce brasileiro, chegando até mesmo a ocupar a quarta posição durante as vendas de Natal. Perde apenas para Eletrodomésticos, Informática, Eletrônicos e Saúde, beleza e medicamentos.

A Rakuten já vê crescimento das vendas neste setor na unidade do Brasil, o Rakuten Shopping. Em outros países onde a empresa está presente, Moda é uma categoria tão evoluída que devido a seu desempenho, merece canais especiais. No Japão, a Rakuten criou dentro do seu marketplace, o Rakuten Ichiba, um site dedicado a roupas e calçados de marcas famosas, chamado Rakuten Brand Avenue, que funciona como um verdadeiro portal de moda.

Nos Estados Unidos, onde a Rakuten possui o marketplace Buy.com, a empresa criou a VAULT, um shopping virtual projetado para reunir marcas de luxo consolidadas e emergentes. Lançada em maio deste ano, a VAULT já possui 200 lojas de moda, acessórios, calçados e decoração.

Na operação do Reino Unido, Rakuten Play.com, também se verifica que o segmento está extremamente consolidado. Os consumidores britânicos gastam apenas 40 segundos para comprar um item de vestuário. A tendência para o Brasil é de que muito em breve atinjamos o mesmo grau de consolidação.

Aliando as informações sobre o sucesso do segmento de moda nos outros continentes e o aquecimento das vendas no nosso País, a conclusão é de que o mercado vive um momento promissor. Para os varejistas que atuam somente no offline, ainda há tempo de ingressar para o comércio eletrônico e garantir uma fatia neste mercado que tem expectativa de encerrar 2012 com um faturamento na ordem de R$ 23,4 bilhões.

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Categoria: Cases

Sobre Alessandro Gil: Alessandro Gil é CEO da Rakuten Marketing Brasil. Executivo com mais de 14 anos de experiência em Marketing, especialmente em Empresas de TI e varejo, foi professor do curso de Publicidade e Propaganda da PUC de Campinas, além de ministrar aulas de assuntos relacionados a comércio eletrônico em diversas universidades e escolas de negócio. Foi Diretor de Marketing da Ikeda, até a aquisição da empresa pela Rakuten, quando se tornou CMO da Rakuten Brasil. Ver mais artigos deste autor.

Comentário (2)

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  1. Adriana Silva disse:

    Acredito que no segmento Moda, não há problemas para acessórios, e calçados. Já no quesito vestuário, ainda existirá um longo caminho pela frente, principalmente para marcas pouco conhecidas e/ou que estejam entrando no mercado. Quem já compra e conhece a modelagem de determinada marca e possui peças adquiridas em lojas físicas, fica tranquilo ao comprar pela web.
    Um outro agravante é a falta de padronização dos tamanhos. Um exemplo: algumas mulheres vestem 38, mas em algumas marcas esse número sobe para 40. E aí surge um outro problema, que mulher gosta de aumentar de manequim???
    Mas, existe luz no fim do túnel, a ABNT já trabalha na criação de uma tabela com padronização de medidas.

  2. Sandro disse:

    Com a tendência ao ecommerce ser cada vez mais visual, as lojas virtuais de moda tendem realmente a crescer no mercado.

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