É preciso mais que um site bonitinho
Com o crescimento consistente da web no Brasil – em número de usuários, tempo médio on-line, que está em 48 horas/mês, e a presença empolgante da população brasileira nas mais diversas redes sociais – tem ficado evidente, para muitas empresas, a necessidade de estar presente no universo digital, seja por meio da reformulação dos seus velhos sites ou da iniciação de um projeto novo de vendas pela web.
Temos assistido ao sucesso perpetrado por algumas empresas na internet, como a Tecnisa, que já virou sinônimo de boas práticas e até já vendeu um imóvel pelo Twitter e pelo Iphone. A construtora está presente no Formspring e no Tablet, além de ter uma operação muito bem estruturada de atendimento, seja on-line ou off-line, àqueles que fazem contato.
Por outro lado, ainda podemos observar empresas que consideram que seu site, reformulado há alguns anos, ainda está bem “bonito”, e, assim sendo, concluem não ser necessário atualizá-lo. Para essas eu gostaria de dar uma triste notícia: ter um site bonitinho já não resolve mais. Se ele foi feito ou refeito sem os pré-requisitos básicos para que seja “encontrável” (desculpem o neologismo) ou mesmo para que seja mais interativo com seus clientes ou interligado às redes sociais, eu lamento muito, mas hoje ele não é de grande valia aos seus negócios!
Ao concluir isso, muitas empresas renomadas estão passando a dar maior atenção ao que tem ocorrido à sua volta, como a rede de franquias Fran’s Café, que reformulou seu site para aprimorar o atendimento aos seus clientes. Ou então, a rede de móveis Etna, que lançou sua megastore virtual com mais de quatro mil produtos.
Há também bons exemplos no mundo do turismo, como a Decolar.com, que oferece planos de milhagem e fornece descontos especiais em newsletters segmentadas. Ou o lançamento de 1.400 títulos em português de livros digitais pela Saraiva.com para o iPad, com preços até 30% menores que as versões físicas dos mesmos, assim como sua concorrente, a Livraria Cultura, que também tem uma loja virtual com 150 mil títulos disponíveis para download. Ainda temos a Sony Music, que reinventou seu modelo de negócios apostando na venda de músicas para celulares e internet.
Há também as redes sociais que proliferam com boas opções, como a +QueReceitas, site de relacionamento voltado aos profissionais e amantes da culinária e focado em aprendizado gastronômico. Ou então o Vaga-lume, de música e entretenimento; a rede Drimio, voltada para integrar pessoas às marcas, que existe há um ano e tem quase 70 mil usuários. Ou a ByMK, voltada para o mundo da moda, que já conta com 80 mil internautas cadastrados e que foi utilizada por agências de publicidade e, por fim, a rede voltada para quem é apaixonado por cinema, a MovieMobz, que tem mais de 25 mil usuários.
Apesar disso, muitas empresas ainda estão “patinando” com relação ao que fazer no mundo da web e nas mídias sociais, utilizando-a tão somente para a divulgação pura e simples, contudo, perdendo a oportunidade de se relacionar e aprender mais sobre os seus consumidores.
Fonte: Sandra Turchi