Startup aposta na reutilização de roupas infantis para lucrar com e-commerce
Alternativa sustentável e econômica para as despesas com o vestuário das crianças, o Retroca é uma plataforma online voltada para a compra e venda de roupas e acessórios infantis seminovos. A ideia do e-commerce, lançado em Junho deste ano, é reutilizar itens pouco aproveitados, já que nos primeiros anos de vida as crianças crescem muito rapidamente, deixando de usar peças que recém foram adquiridas.
O co-fundador e CEO da startup, Pedro Romi, explica que o custo elevado com roupas, aliado à alta rotatividade que elas possuem nesse período, serviu de estímulo para a criação do e-commerce: “As roupas infantis têm grande peso nas despesas das famílias brasileiras, principalmente considerando a velocidade com que as crianças as trocam. A alta rotatividade também gera um acúmulo de peças que precisam de um destino sustentável, evitando desperdícios e incentivando a reutilização”, destaca.
Além do viés sustentável, o site promete preços muito mais acessíveis que os praticados nas grandes lojas: “O desconto médio dos produtos vendidos em relação a produtos novos ofertados no mercado é de 70%, podendo chegar a até 85% dependendo da peça”, garante.
Ele acrescenta que o serviço funciona de maneira simples. Para comprar, o usuário deve acessar o site (www.retroca.com.br), escolher os produtos e fechar o pedido. Já para enviar roupas, a pessoa solicita uma sacola do Retroca, que é enviada diretamente à sua casa, enche com as roupas que deseja vender e reenvia à empresa. Todo o custo com frete é bancado pelo próprio Retroca e, antes mesmo do envio, o usuário já consegue estimar o valor que irá receber por sua sacola, através de uma calculadora no site que precifica cada item. Ao chegar, a sacola é inspecionada e os itens aprovados que irão para venda no site são pagos ao usuário vendedor; os itens reprovados são doados para instituições de caridade escolhidas previamente pelo Retroca. Pedro enfatiza bastante a questão da qualidade dos artigos escolhidos, pois o objetivo da empresa é comercializar apenas itens de marcas conhecidas e em ótimo estado: “Todas as peças vendidas no site foram diretamente compradas pelo Retroca de outras famílias. Somente dessa forma as peças podem passar por um processo rigoroso de inspeção de qualidade que garante que todas as peças estejam em estado de conservação excelente”, ressalta o executivo.
Para o também co-fundador e COO da startup, Caio Sagae, o modelo de negócio é aderente ao espírito colaborativo dos brasileiros, o que traz boas perspectivas para a empresa. “Os brasileiros estão cada vez mais com uma mentalidade de consumo colaborativo, por esta razão, o potencial de crescimento e uso do site é cada vez maior. Embora ainda exista uma barreira de preconceito com roupas de segunda-mão, acreditamos que a qualidade e o preço das peças vendidas consigam também quebrar essa barreira e mudar os hábitos das famílias brasileiras.”, enfatiza.
Para os próximos meses, startup planeja incrementar a base de clientes para sustentar um crescimento mais agressivo. “O Retroca está bastante focado em fortalecer o seu modelo de negócios e conseguir criar uma base sólida de compradores e vendedores que formem um ciclo sustentável, para que a partir do final de 2013 ou início de 2014, a empresa foque em um crescimento mais agressivo, potencialmente com o apoio de um investidor”, conclui.
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