China lança pacote para promover exportações via e-commerce

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O ministério do Comércio da China comunicou que irá lançar políticas focadas em estimular a exportação da indústria online, começando por cinco cidades chinesas e expandindo para o resto do país, a partir do início de outubro. As políticas incluem uma forma de classificar empresas que trabalham com exportação, criação de um regime de comércio para exportação e incentivo a bancos e instituições financeiras a prestarem serviços de pagamento em e-commerce, nas operações transfronteiriças.

O gigante asiático também considera a possibilidade de adaptar seu sistema de impostos, pensando em facilitar as exportações via comércio eletrônico, além de criar um sistema de crédito voltado à exportação online. As políticas já foram lançadas nas cidades de Shanghai, Chongqing, Hangzhou, Ningbo e Zhengzhou, e serão implementadas no resto do país a partir de primeiro de outubro. O motivo do pacote de mudanças é a crença de que a atual estrutura de gestão, políticas e regulamentações não manteve o mesmo ritmo de crescimento das vendas on-line além das fronteiras do país, especialmente no que concerne a tendências B2C, detalha o comunicado.

Como uma evidência deste crescimento, o AliExpress, site de varejo do Grupo Alibaba, anunciou que as vendas internacionais através da sua plataforma atingiu o recorde de RMB 100 milhões (16,3 milhões de dólares) em uma promoção realizada em 27 de agosto. O portal está disponível em inglês e atende mais de 220 países e regiões.

De acordo com uma pesquisa de julho, realizada pelo PayPal e Nielsen, a China foi o terceiro destino mais visado por compradores on-line de fora do País, atrás apenas dos Estados Unidos e Reino Unido. Por outro lado, mais de 18 milhões de chineses compraram em sites do exterior este ano, número deve subir para 35,9 milhões em 2018, sendo os Estados Unidos, Hong Kong e Japão os países mais visados pelos chineses.

De olho nesta tendência, o governo chinês vem tomando medidas para reduzir essa prática. Em 2010, numa tentativa de frear a brecha fiscal de mercadorias estrangeiras enviadas à China sem pagar direitos aduaneiros, o país impôs pesadas tarifas de importação sobre itens de correio pessoais.