Base de e-consumidores dobra na Europa entre 2005 e 2010
O percentual de consumidores que comprou algum bem de consumo (durável ou não durável) pelo e-commerce saltou para 40% na Europa em 2010, dobrando em relação ao ano de 2005, quando 20% deles haviam realializado alguma compra do gênero, segundo um estudo entregue à Internal Market Committee nesta terça-feira.
No entanto, o estudo adverte que o crescimento foi registrado em países onde o comércio eletrônico já é desenvolvido, e que consumidores localizados na Europa meridional e oriental são menos propensos a realizar compras pela internet.
Dados do “Consumer behaviour in a digital environment” indicam que apesar do forte crescimento das compras online, e das políticas que visam integrar os países do continente, os consumidores majoritariamente compram em sites localizados no mercado interno, com a exceção dos consumidores malteses, cujo o percentual daqueles que compraram no mercado externo superou os 90%, enquanto que no outro extremo menos de 10% dos consumidores polacos compraram de empresas fora de seu país.
Bens relacionados ao vestuário e passagens aéreas são os mais populares, enquanto que computadores e produtos eletrônicos obtiveram o pior desempenho entre os avaliados.
O aumento da base de consumidores (40%) não refletiu no número de novas empresas que começou a vender produtos ou serviços através da internet, com um crescimento de apenas 14% desde o ano de 2005. No entanto, novamente o estudo mostrou uma lacuna entre os países do continente, com a Irlanda, Dinamarca, Bélgica, Holanda e República Checa, crescendo a uma taxa de 20%. Já a Bulgária, Grécia, Itália e Eslováquia o índice foi de apenas 10%.
O estudo ainda destaca algumas vantagens do e-commerce, como a redução dos custos ambientais e de distribuição, mas alerta que a internet tem fornecido aos consumidores acesso mais fácil aos produtos ilegais. Ele sugere algumas modificações na legislação a fim de desencorajar a ilegalidade no comércio eletrônico.
Categoria: Pesquisas