Facebook deve desaparecer com o tempo, dizem usuários

| 18/05/2012 - 08:16 AM | Comentários (2)

O Facebook pode até ter 900 milhões de usuários mensalmente ativos e pode também ser o “queridinho” dos marqueteiros de mídias sociais, todavia, isso não significa que o público acredite na longevidade do site, de acordo com um estudo conduzido pela AP-CNBC, em maio.

Segundo resultados da pesquisa, 46% dos entrevistados afirmaram acreditar que o gigante das redes sociais tende a desaparecer com o tempo, à medida que outras novidades forem surgindo. Por outro lado, 43% creem no sucesso de longo prazo do site. Os 11% restantes podem ser os mais sábios: alegam não saber o que irá acontecer. Curiosamente, apesar de os usuários da rede registrarem maior credibilidade quanto à sua permanência (51%), os adultos mais jovens foram mais tendenciosos (em relação à média) em acreditar que o site não resistirá à passagem do tempo (51% x 46%).  A pesquisa concluiu que, no geral, 55% dos entrevistados possuem um perfil no Facebook, dos quais 3 em cada 10 afirmaram acessar o site todos os dias (entre os jovens o número sobe para 55% do total).

Usuários acreditam que o Facebook não seja competente para protegê-los

Uma análise das atitudes dos consumidores em relação à privacidade no Facebook revela que, entre os usuários, surpreendentes 59% têm pouca ou nenhuma confiança na capacidade da rede proteger suas informações. Apenas 13% acreditam plenamente que seus dados pessoais estão protegidos, enquanto os 28% restantes alegam confiar parcialmente.

A preocupação com a privacidade também, aparentemente, tem afastado usuários potenciais: entre os não-usuários, 21% revelaram que esse é principal motivo para não aderirem à rede. No entanto, a falta de interesse (citado por 35% como fator decisivo) e a aversão (22%) estão em primeiros lugares.

Maioria não se sente segura com o comércio no Facebook (F-commerce)

Os mesmos receios em relação à privacidade são encontrados em relação a compras de mercadorias ou serviços através do Facebook. Segundo o estudo, 54% dos entrevistados não se sentiriam seguros em comprar itens como roupas ou viagens por meio do site, enquanto 28% iriam se sentir pouco seguros e outros 8% extremamente seguros. Neste aspecto, mesmo entre os usuários frequentes (que acessam o site diversas vezes por dia), metade dos entrevistados declarou que não tem confiança suficiente para realizar operações de compras através do site.

Para piorar, usuários não clicam nos anúncios

O estudo, ainda, revela um aspecto desestimulante para os anunciantes, ou seja, 57% dos inquiridos na pesquisa afirmaram jamais clicar nos anúncios ou links patrocinados no Facebook, enquanto 26% declararam clicar raramente. Apenas 17% disseram clicar com frequência.

Outros dados importantes:

A pesquisa da AP-CNBC também revelou que metade dos adultos da amostra acredita que o Facebook é supervalorizado, contra um terço que crê que o site é avaliado de forma justa pelo mercado e 3% que acreditam que ele é subestimado. Ao analisar os resultados, o estudo concluiu que aqueles que investem no mercado de ações apresentam 29% mais probabilidade do que os que não investem a considerar o Facebook superavaliado (58% x45%). Entre os investidores ativos que realizaram alterações em suas participações no mês anterior ao da pesquisa, 62% acreditam que o Facebook será superavaliado, comparado com 27% que creem que haverá uma precificação justa e outros 5% que acreditam o valor será subestimado.

Apesar de metade dos entrevistados crer que o Facebook é sobrevalorizado, 51% consideram que as ações da empresa seriam um bom investimento, contra 31% que discordam.

51% dos entrevistados têm opiniões positivas a respeito do Facebook, percentual menor do que o encontrado para empresas como Google, Apple e Microsoft (todos com 71%), mas à frente do Twitter (27%). Os participantes da pesquisa com menos de 35 anos demonstraram maior probabilidade  (2 vezes mais) do que os mais velhos, os quais aparentaram ter uma boa impressão acerca do Facebook (71% x 28%). De maneira similar, os usuários são quase 3 vezes mais propensos do que os não usuários a ter uma impressão favorável (72% x 25%).

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Categoria: Pesquisas

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Comentário (2)

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  1. Francisco disse:

    Espero que meus concorrentes continuem a pensar assim!

  2. Antonio Souza disse:

    E foi justamente aqui que a coisa se perdeu, alterando minha visão sobre todas as outras perguntas…

    “Apesar de metade dos entrevistados crer que o Facebook é sobrevalorizado, 51% consideram que as ações da empresa seriam um bom investimento, contra 31% que discordam.”

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