Aplicativos mobile: o que é preciso levar em conta para tornar-se relevante para os usuários
Hábito cada vez mais disseminado entre os brasileiros, a prática de baixar aplicativos pode servir como uma poderosa ferramenta de fidelização para as empresas. Números de uma pesquisa recente, realizada pela comScore, endossam mais esse cenário, à medida que 99% dos usuários de smartphones possuem aplicativos no celular, com uma média de 18 por aparelho. Em contrapartida, outro levantamento, realizado pela Flurry, entre janeiro de 2014 e janeiro de 2015, indica que, após o primeiro mês, a relevância dos aplicativos caí, com apenas 36% dos apps baixados sendo abertos pelos usuários. Após seis meses essa retenção cai para 18% e, depois de um ano, despenca para 11%. Diante desse cenário, muitos lojistas têm seus aplicativos esquecidos nos smartphones de seus clientes.
Para Caio Bretones, CEO da Mobile2you, a pergunta “Por qual motivo o usuário permaneceria com seu aplicativo instalado?” deve ser feita pelos lojistas antes de conceberem um. De acordo com o executivo, existem quatro pontos que podem responder esse questionamento: interação, evolução contínua, timing e funcionalidades claras e recompensas. “Em primeiro lugar, os apps têm o objetivo de interagir com usuários finais, seja por comércio mobile de produtos ou serviços, seja a plataforma uma rede social ou até mesmo uma ferramenta, é importante que estes gerem uma necessidade real de interação”, comenta Bretones. Uma forma de alcançar essa interação é encaixando o aplicativo como uma facilidade diária para o usuário.
Já a “evolução contínua” prevê uma atualização constante do app, se reformulando e adaptando mediados pelo fluxo e feedback dos usuários: “Os aplicativos com maiores taxas de acesso se comportam dessa forma e é essa evolução contínua que deve ser mirada”, acrescenta o CEO. O “timing” deve ser encarado como uma variável que impacta o lançamento do produto no meio digital: “Se perder o timing o projeto pode ficar comprometido e ir por água abaixo”, complementa o executivo.
Por último, as “funcionalidades e recompensas”. Bretones explana que, como cada produto é único, ele possui suas funções específicas, entretanto, é crucial que as funcionalidades centrais dele sejam claras: “Essa navegação intuitiva aliada a recompensas, mesmo psicológicas, ajudarão a incentivar o usuário a querer interagir com frequência no aplicativo”, conclui.
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