Já é Natal há alguns meses

Se para muitos lojistas on e off-line a data mais movimentada do ano é o Natal e as vitrines, promoções e o volume de estoque que atendam à demanda e ao mesmo tempo não “encalhem” são sinônimos de preocupação durante os meses de novembro e dezembro para outros tantos, as atividades necessárias para colocar a operação em funcionamento já acontece com certa antecedência, cruzando inclusive com outras datas importantes como o Dia dos Pais e o Dia das Crianças.

As indústrias que atendem a demandas tidas como exclusivas para o Natal já estão assimilando esse movimento, como empresas que produzem “panetones”. Estes bolos não fazem parte apenas da ceia de Natal – são comercializados ao longo do ano por meio de diversos temas que facilitem a comercialização. Só neste ano, uma grande fabricante do produto cresceu 112% o volume produzido em função dessa nova estratégia de venda.

Neste ano, o varejo online espera faturar próximo de R$ 29 bi, um crescimento de 31% quando comparado com 2012 que foi de R$ 22,5 bi, segundo dados do Ebit. Somente o Natal deve responder por mais de 15% do volume de faturamento neste ano.

E, para que esses resultados aconteçam, os lojistas que estão querendo ganhar mais espaço no concorrido mercado adotaram estratégias promocionais e de comunicação com mais força nos meios digitais. Para exemplificar, a LeadPix realizou entre os meses de setembro e outubro deste ano um levantamento sobre os impactos recebidos por meio de mídia digital com ofertas para o fim do ano, mais especificamente o Natal. Dos 3.624 respondentes, 28,7% afirmaram ter recebido pelo menos 1 e-mail com promoções e 31,4% afirmaram terem sido impactados por e-mail e redes sociais.

Tais resultados mostram que existe um movimento acelerado das empresas e uma alocação de esforço e investimentos em mídias que busquem atrair mais rapidamente a atenção e o bolso dos consumidores.

Além disso, outros segmentos da economia estão fazendo a sua parte para garantir resultados mais robustos este ano; governo e instituições financeiras e de crédito se movimentam para incentivar os consumidores que possuem algum problema de inadimplência a renegociarem suas dívidas por meio de descontos atrativos.

Todos esses movimentos que estimulam o consumo têm um objetivo claro: fazer a economia se movimentar mais e tentar fugir de resultados fracos que desestimulem investidores e consumidores num momento em que se fala apenas de Pibinho, eleições, Copa, Olimpíadas etc. Afinal, já é Natal há algum tempo e o clima precisa ser de festa!