Lojas Virtuais Devem ter Clientes e não Usuários
Vamos realizar um exercício de transposição de conceito virtual em nosso mundo real, fazendo assim o resultado mais palpável e fácil de percepção do sentimento.
“Um cliente chega a uma loja, se dirige a seção de carrinhos, pega um, e começa a circular por entre os corredores e procura nas gôndolas produtos do seu interesse e que estejam com a condição de promocionais. Vai colocando esses dentro do seu carrinho. Após verificar que já tem tudo que precisa, ele se dirige até o caixa mais próximo. Esse cliente em específico, um dia já efetuou uma compra neste estabelecimento num passado remoto. O caixa do estabelecimento cordialmente lhe transmite a mensagem de boas vindas, verifica todos os itens selecionados, o valor total dos produtos e antes de informar sobre as formas de pagamento, lhe solicita a informação se é a primeira compra ou é cliente da loja. O cliente responde que já comprou antes na loja, logo, o caixa atendente lhe solicita então seu email e senha. O cliente tenta em vão usar alguma senha que possa ter cadastrado na época da sua primeira compra, porém todas as tentativas são inválidas. Porém o caixa atendente prestativo, oferece uma forma de solucionar o problema, lhe comunica que pode efetuar a geração de uma nova senha. O cliente que já estava satisfeito por ter seu problema solucionado, deixou passar um simples detalhe, essa nova senha será remetida ao seu endereço de e-mail, ao qual o cliente no momento não tem acesso ou simplesmente não utiliza mais esse endereço de e-mail. O cliente argumenta que só deseja comprar os produtos e mesmo com o dinheiro em mãos referentes ao valor do total da compra ele não poderá comprar, simplesmente porque não sabe sua senha. Insatisfeito com a loja, ele simplesmente se dirige a outra loja ao lado, onde ele nunca efetuou uma compra e preenche os requisitos de cadastros, claro além de uma nova senha, que com certeza ele irá esquecer amanhã novamente, porém sempre haverá novas lojas ao lado para ele iniciar o processo de compra.”
Com essa pequena encenação mental esperamos ter mostrado quanto é desnecessário forçar seus clientes e se cadastrarem na loja virtual. É interessante que existe a forma de se criar um cadastro, porque a loja pode oferecer serviços especiais ou ainda promoções únicas para clientes cadastrados. Porém impedir a compra de produtos que só serão entregues após compensação do pagamento, é no mínimo falta de objetividade.
Hoje são muito comuns portais comparadores de preços, e são esses que muitas vezes despejam o cliente. Obrigar que os clientes preencham cadastros irá funcionar somente na primeira vez, porque muito provavelmente na próxima vez ele irá esquecer a senha e talvez até desistir da compra por conta desse empecilho, pois existente uma grande parcela da compras que são feitas por impulsos, é o que conta nesta venda é o momento.
Afinal de contas o propósito maior do comércio eletrônico é efetuar a venda para seus clientes, ou mais pura finalidade, é realizar negócios. Por isso a preferência deve ser por clientes e não por usuários. Porque são usuários que detém e-mail e senha, e cliente detém o hábito da compra. Oferecer na tela de “Início de Fechamento de Compra”, a opção de “Login”, “Cadastre-se” e obrigatoriamente a opção “Somente Comprar”, onde só serão exigidos os dados básicos e pertinentes a uma compra, sendo eles: Nome, Telefone (Facultativo), E-mail para contato e posicionamento do pedido, Endereço de Entrega, Dados da Forma de Pagamento. Com essas informações é possível efetuar as validações usuais e comuns para validar o pedido e efetuar a liberação. Mais uma você estará permitindo que o cliente decida o melhor caminho para ele realizar a sua compra.
Categoria: Cases
Se cadastrar senhas e acessar e-mails já é algo péssimo, pior do que isso, é a Saraiva deixar uma compra em hold até você LIGAR para a central de atendimento e fazer a ‘Confirmação de dados’, mesmo você sendo assinante da newsletter deles, já tendo feito compras no site diversas vezes com o mesmo cartão, mesmo endereço de entrega, etc.
As vezes a prevenção contra a fraude extrapola os limites do bom senso online.