Olimpíadas no Brasil, omnichannel e os desafios do e-commerce de artigos esportivos
Em um ano de forte crescimento no e-commerce brasileiro, o setor de e-commerce de artigos esportivos foi um dos mais beneficiados pela Copa do Mundo em 2014: segundo levantamento da Akatus, o segmento de esportes cresceu 25% por conta do torneio de futebol. O avanço das plataformas mobile para o comércio eletrônico e a maturidade das lojas brasileiras são fatores que nos levam a apostar em grandes taxas de crescimento neste setor no período que antecede o próximo grande evento esportivo: os Jogos Olímpicos de 2016.
Esse mercado ainda é dominado por três ou quatro grandes lojas, e há grande espaço para novos negócios, desde que as lojas iniciantes tracem estratégias bem definidas de como se diferenciar e obter bons resultados.
A nossa experiência em logística de e-commerce junto a alguns dos maiores players do setor nos permite captar algumas tendências. Abaixo, mostramos como essas estratégias estão guiando as ações das lojas virtuais do setor. Para ter mais detalhes de cada uma delas, você pode ter mais informações aqui.
Atuação Omnichannel
Algumas marcas começaram as operações 100% online desde o início, mas algumas encontraram uma série de desafios e, a fim de superá-los, tiveram de investir de maneira maciça em marketing e tecnologia. Isso porque, em alguns casos, o e-commerce serve como uma vitrine para os usuários, que preferem comprar “offline”. Nesse sentido, é válido oferecer uma experiência única de compra na internet, a fim de atrair tanto consumidores que estão acostumados com a compra online quanto converter aqueles que se sentem mais seguros durante o atendimento presencial.
Por outro lado, há lojas que têm origem física e, depois, migraram para o ambiente virtual para contemplar o comportamento dos consumidores online – a exemplo da Decathlon que, em meados de 2014, alterou a política de frete da loja virtual. Entre as mudanças, destaca-se a condição única para entrega gratuita dos produtos vendidos: somente aqueles que possam ser enviados para alguma das lojas físicas. Tem-se, portanto, uma nítida integração entre canais online e offline a fim de privilegiar perfis variados de consumidores. A estratégia da multinacional francesa também valoriza o atendimento presencial dos funcionários da loja, que podem dar todo o tipo de suporte dos produtos adquiridos pelos compradores.
A Centauro, uma das maiores redes de produtos esportivos da América Latina, é outro bom exemplo de varejo de artigos esportivos que também investe em omnichannel. Nesse processo, integrou seus canais e investiu em sistemas de gerenciamento, infraestrutura e trocou sua plataforma de e-commerce para tornar o acesso do consumidor mais ágil e fácil. Assim, é possível que o usuário pesquise na loja física, compre no e-commerce e volte para a loja se precisar realizar uma troca, por exemplo.
No entanto, a atuação omnichannel dos e-commerces esportivos deve ir além disso. É preciso investir em branding (construção de marca), assim como em uma boa plataforma de ecommerce, seja ela pré-existente ou de desenvolvimento próprio. Lojas que possuem estratégias bem definidas para call center, redes sociais e e-mail, por exemplo, saem na frente. É fundamental oferecer aos consumidores online distintos canais de contato a fim de passar maior segurança, proximidade e assertividade em todas as etapas de compra.
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