E-commerce quer a classe C
O Brasil tem presenciado a ascensão de um novo grupo, com dinheiro no bolso e disposto a comprar. Com a expansão da banda larga e o aumento no número de computadores em residências, a classe C, que desempenhou um papel fundamental durante a crise financeira, mantendo o ritmo do comércio tradicional e ajudando o Brasil a sofrer menores impactos, agora é um importante nicho, também, para o e-commerce.
“A venda de computadores com preços cada vez mais populares e o acesso mais difundido à internet estão aumentando o contato da classe C com o mundo virtual”, afirma Carlos Costa, especialista em comunicação para a web. Com uma comunicação clara, credibilidade na relação com o cliente, bons preços e – importante – facilidade no pagamento, as vendas pela web têm grandes chances de crescer entre esse público.
O grande desafio para o e-commerce na conquista da classe C é convencer os que têm menos experiência na rede de que comprar no mundo virtual é seguro. “Isso é algo com que lidamos desde o começo da Internet. Com o passar dos anos, as pessoas vão se tornando mais confiantes”, afirma Costa.
Os jovens do grupo já se viram bem na web, mas grande parte dos adultos começa a compreendê-la agora, ainda com uma certa dose de desconfiança. “Claro que alguém ‘recém-chegado’ à internet irá pesquisar, perguntar, até pedir um auxílio de alguém mais experiente, antes de fazer uma compra. Sempre há aquele medo de ser enganado, ou de não receber o produto. Acho que isso muda com o tempo”, ressalta o especialista.
Uma mãozinha das redes sociais
Quando falarem em comércio nas redes sociais, pode esquecer os links em comunidades e perfis do Orkut. Diante da grande quantidade de lixo eletrônico que circula nesses espaços, muitas vezes cheio de más intenções, esses espaços de interação devem representar mais um ambiente de conquista do consumidor do que, propriamente, um lugar de vendas. “Essa é uma área na qual é preciso uma estratégia bem arquitetada, por que para a maior parte da classe C, uma compra pela internet dificilmente será por impulso. E as redes sociais têm justamente essa função: apresentar, oferecer experiências, depoimentos e maior conhecimento sobre tal produto ou serviço”, afirma Carlos Costa.
O especialista ressalta ainda a relevância dos espaços “oficiais” de lojas, onde há participação dos internautas garantindo ou negando a veracidade das ofertas, para o estabelecimento de uma relação de confiança entre quem vende e quem compra. “A chance de existir um link de vírus num twitter de uma loja ou grande rede atacadista é bem pequena”, ressalta.
Fidelização
Comprar na internet é, antes de tudo, uma questão de confiança. Ninguém, com o mínimo de conhecimento sobre a rede, vai adquirir um produto de um site desconhecido, sem ter nenhuma garantia da qualidade do que se vende e, mesmo, do recebimento do que será comprado. Por isso, em uma próxima aquisição, o consumidor, certamente, vai dar preferência ao site onde já fez uma compra que deu certo.
Para Carlos Costa, a fidelização é uma consequência de boas ações implementadas na rede. “A fidelização é resultado de muitas ações, como larga presença na web, facilidade na hora de finalizar a compra, mais formas de pagamento, preço competitivo, um leque grande de produtos, um atendimento de pós-venda eficiente e uma boa experiência de compra, entre outros fatores”, afirma o especialista.
Fonte: Administradores