Executivo analisa as principais tendências do varejo mundial
Em evento realizado na sede do Sistema DEZ de Comunicação, o publicitário e presidente da empresa, Mauro Dorfman, apresentou para clientes e convidados um panorama da experiência de ter participado da principal feira de varejo do mundo, a Retail Big Show, realizada semana passada nos Estados Unidos. Com o título “O que eu vi em Nova Iorque”, Dorfman aponta importantes cases de varejistas apresentados no evento e faz uma análise das tendências do varejo, falando sobre as empresas multicanais e a importância do fortalecimento da marca.
“Nesta apresentação aponto como eu vi e vivi, as experiências deste importante evento, que faz parte da agenda dos principais empresários mundiais”, comenta Dorfman. O publicitário participou de sete dias de imersão em Nova Iorque, desde palestras com importantes nomes do mercado a experiência física, de visitar grandes lojistas, conversando com os protagonistas deste novo momento do varejo.
O Retail Big Show, em sua 104ª edição, reuniu mais de 30 mil profissionais, de 86 países diferentes, dos quais 1877 eram brasileiros. A semana de discussões e estudos sobre o mercado varejista mundial contou com 292 palestrantes e mais de 100 horas de conteúdo rico, que serviram para complementar as visitas técnicas aos cases escolhidos.
Entre os importantes temas debatidos estão a reafirmação da loja física, a união do online com o físico (Phigital) e a importância da marca. O varejo segue a tendência de ser multicanal, Omnichannel, e investe no “Phigital” ou como Dorfman explica: a experiência que vai além do online e do físico, que é a soma dos dois, a quebra de barreiras.
“Precisamos esquecer as divisões – in-store, e-commerce, m-commerce ou social commerce – e pensar como um todo: commerce. Quando inserimos no DNA das empresas essa estratégia, conseguimos resultados surpreendentes, que refletem diretamente no fortalecimento da marca”, ressalta o presidente.
Entre os cases apresentados estão aqueles que oferecem a melhor experiência de compra aos usuários, que inclui a facilidade do online e a cultura do físico, ambos aproveitados em suas melhores características. Empresas como a rede Whole Foods, fundada no início dos anos 80, que investe em produtos naturais, orgânicos e artesanais, e oferece ao consumidor uma experiência completa, desde os produtos de extrema qualidade, facilidade de compra e informações para o consumidor levar uma vida saudável.
A reafirmação da loja física incentiva ideias diferenciadas, como da Eataly, que funciona como um ponto de encontro entre consumidores, que tem no mesmo ambiente um mercado, um restaurante e uma escola de culinária, convidando-os para uma experiência completa. O case Blinder & de Clercq também se diferencia dos demais, com uma ideia simples e pioneira, de reunir no espaço físico os ingredientes e a receita para um jantar, com ilhas temáticas de ideias para a refeição, e o cliente ainda tem a facilidade de pedir online e passar na loja para retirar.
Outros cases importantes são dos lojistas que começaram com negócios online e, para oferecer uma experiência completa ao consumidores, investiram posteriormente no físico. É o caso da Bonobos – loja online de moda masculina, que abriu uma diferenciada loja física, onde une o melhor dos dois lados, a entrega e variedade do ecommerce e a possibilidade de experimentar e tocar do físico.
“Oferecer a experiência plena ao consumidor, a união do físico com o online, é um reflexo da atual necessidade do mercado, de promover a interação completa, tecnologia, inovação e bom atendimento. O digital está totalmente incorporado ao mundo físico”, comenta Dorfman.
A loja da estilista australiana, Rebeca Minkoff, especializada em moda feminina, é um bom exemplo de um negócio Phigital, pois investiu fortemente em tecnologia para otimizar a compra do consumidor e atende-lo de forma diferenciada. Foram desenvolvidos para a loja uma vitrine e provador digital, que oferecem diversas opções para o consumidor e fazem um atendimento completo, desde selecionar as peças que serão experimentadas a finalização da compra.
A tecnologia permite a loja falar com o comprador, como é o caso da loja Rebeca Minkoff, ou da Underarmour, que disponibiliza telas que permitem a interação com o comprador. A também a comunicação analógica, por meio de recursos que não são tecnológicos, como cartazes explicativos.
Entre as principais mudanças apresentadas no Retail Big Show de 2015 está o comportamento do consumidor, que transita entre vários canais de venda, pesquisa e compara, antes de efetuar uma compra, seja no online ou no físico. “O consumidor de hoje quer olhar no site e comprar na loja, escolher na loja e receber em casa, quer ter a possibilidade de escolher. E para isso, ele precisa confiar na marca, saber que ela terá a mesma responsabilidade em qualquer que seja o meio. Por isso a importância de uma empresa ser multicanal, sem perder a sua verdade, entrelaçamento todos os campos”.
A valorização da marca é o principal ativo de qualquer negócio de sucesso. “Todas estas tendências, apresentadas no Retail Big Show, só proporcionam um resultado ótimo quando são colocadas a serviço de uma verdade que sai de dentro para fora. Nós, empreendedores e profissionais de marketing, não podemos esquecer: entender o DNA da marca e cuidar para que todas as expressões do negócio sejam coerentes com suas crenças, valores e promessas é a melhor forma de se diferenciar e de engajar o público de forma sustentável”, finaliza.
Categoria: Balanços