Executivos falam sobre os cuidados na escolha do parceiro tecnológico

A escolha de um bom fornecedor é essencial para quem almeja ingressar no e-commerce. No entanto, os diferentes tipos de plataformas se propagam cada vez mais e com elas variam também suas vantagens e desvantagens, por isso, sem um exaustivo planejamento e precisão na escolha do parceiro, os riscos para os varejistas podem ser grandes.

De acordo com Marina Mussi Moreira, da equipe do UOL Host, empresa especializada na implantação de plataformas para pequenos e médios comerciantes, escolher o parceiro de implantação requer, antes de qualquer coisa, uma exímia organização interna, a fim de identificar a tecnologia que melhor se ajusta ao perfil das atividades da empresa. “Hoje encontramos uma população bem leiga quando falamos em projeto on-line. São pessoas iniciantes e ansiosas para ingressar neste mercado, mas, a ansiedade e o pouco conhecimento sobre o meio, acabam atrapalhando na decisão de escolha da plataforma. Por isso, o varejista deve entender do negócio como um todo, como público alvo, seus concorrentes, pontos fortes e fracos, mercados, etc…, a fim de definir quais são as reais necessidades do negócio. É muito importante olhar para cada detalhe, pois uma loja virtual de sucesso depende do que e de quem esta atrás dela. O recomendável para iniciar neste mercado é buscar empresas que já tenham experiência”, enfatiza.

A adoção de tais medidas evita que os lojistas cometam os erros básicos nesta etapa do projeto, destaca a executiva do UOL Host. “Muitos varejistas esquecem que não são experientes neste assunto e acabam optando por uma ferramenta muito mais complicada do que fácil. A primeira coisa que as pessoas devem atentar é buscar uma plataforma simples e fácil, em que não precise se preocupar com os meios de pagamento, cálculo de frete, layout, etc…”, justifica.

Eduardo Arsani, gerente de projeto de E-commerce da Bull Marketing, agência de marketing digital especializada na implantação de plataformas Magento, complementa um ponto fundamental nesta fase de implantação. “Os lojistas devem levantar quais são os pontos fortes e fracos do negócio e, a partir daí, procurar um parceiro que ajude a evoluir os pontos fracos, como por exemplo, o tempo de carregamento de página. Mas, é preciso ter a certeza de que este parceiro está apto a solucionar questões cruciais para o bom desempenho da plataforma. Esse parceiro possui uma equipe que conheça de infraestrutura de servidor? Possui recursos para resolver esta questão? Possui profissionais antenados nas técnicas de cacheamento de página?”, detalha.

Outro fator que o executivo julga imprescindível na escolha de um parceiro tecnológico é o suporte que, em sua opinião, não deve dar apoio somente à plataforma. “E-commerce é muito mais que uma plataforma, é um ecossistema complexo e o suporte desse parceiro tecnológico tem que conseguir ter uma visão geral de todo o contexto, não precisa ser especialista, mas precisa entender o contexto geral”, ressalta.

Tais cuidados fazem da escolha de um fornecedor de plataformas, uma das decisões mais delicadas em todo o processo de implantação de uma operação online, avalia Tiago Tartari, CEO da COMM2, especializada em soluções para o comércio eletrônico. “Esta é a decisão mais complicada que o varejista terá de tomar, por isso, lembre-se que é preciso investir e alto. Esse negócio de ‘quero algo simples’ não existe. Quando você abre uma loja física, você quer colocar uma luminária, precisa colocar a sua marca exposta, precisa fazer uma vitrine, ter funcionários e produtos no estoque. Uma loja virtual é praticamente a mesma coisa. Tem de avaliar qual será o custo e recursos da plataforma. Eu consigo uma integração com o ERP? Vou ter que pagar a parte pra fazer a integração? Como é o suporte? Todos os recursos realmente funcionam? Qual o grau de comprometimento do fornecedor com meu projeto? Qual o grau de liberdade que eu tenho dentro da plataforma? Qual o prazo real de implantação?”, recomenda e finaliza o executivo.