Vendas de viagens on-line no Brasil devem crescer 34,2% neste ano

A ascensão do poder de compra dos brasileiros, o aumento da capacidade de voos no país e o crescimento da indústria do lazer têm impulsionado o gasto com viagens de férias no Brasil. É o que aponta uma pesquisa sobre o mercado brasileiro da eMarketer, empresa especializada em pesquisas de mercado.

O estudo explica que, à medida que mais consumidores estão utilizando a Internet para pesquisar e planejar suas viagens, os sites de agências de turismo, empresas de aviação e hotéis estão apresentando um tráfego significativamente maior. Contudo, essa fatia de usuários que pesquisa antes de viajar não se traduz diretamente em consumidores on-line. A preocupação com privacidade e segurança de dados faz com que uma grande parte dos internautas que pesquisa on-line não efetue a sua reserva diretamente via web.

Atualmente, um quarto das vendas envolvendo viagens no Brasil são realizadas via web, mas a Copa de 2014, com jogos em 12 cidades espalhadas ao longo do país, pode alterar esse cenário. Alicerçados na paixão dos brasileiros por futebol, as vendas de viagens através da Internet deve crescer até 34,2% em 2014.

De acordo com informações do TripAdvisor, site de viagens global, e StrategyOne’s, empresa de relações públicas independente, 95% do público jovem (18-24 anos) utiliza dispositivos mobile enquanto viaja, sendo que 44% desses jovens usam esses aparelhos para encontrar atividades no local em que estão. Em um pronunciamento oficial, Sam Thompson, diretor comercial do Trip Advisor nas Américas, afirmou que “essa alta taxa de penetração se consolida em um ponto essencial para nortear investimentos de marqueteiros em publicidade e divulgação”.

A grande dificuldade dos empresários reside em converter essa porção de pessoas que usa Internet mobile em pesquisas para, efetivamente, compras. Bruce Hogan, executivo da Hotel Urbano, elucidou esse paradigma que se apresenta ao e-commerce nacional em um depoimento: “A forte absorção da Internet e mobile Internet no Brasil tem gerado muita demanda, mas os varejistas não têm sido capazes de manter e criar uma experiência de compra que converta internautas em consumidores on-line”.