Compra coletiva é o novo hit do momento
Quem resiste a um boa promoção? Este apelo, expresso em descontos que partem de 50%, têm impulsionado a proliferação de sites de compra no Brasil. A tendência, nascida nos EUA em 2008, começou por aqui em março com um único endereço – o Peixe Urbano. Hoje, são pelo menos 15 sites no Brasil – dois deles com atuação em Florianópolis. Um terceiro, local, deve estrear esta semana.
A novidade é chamada de compra coletiva porque as ofertas são finalizadas apenas se o anunciante consegue concretizar a venda de uma quantidade mínima do que foi ofertado. Ou seja, várias pessoas precisam comprar. A mecânica do negócio aproveita o impulso do consumidor. O preço baixo, ou o mega-abatiamento, é um empurrãozinho final para a compra.
O foco das ofertas, que ficam disponíveis de 24 horas a 72 horas, costuma ser a área de alimentação e de serviços. O pagamento é feito com cartão de crédito ou no débito. Ao efetuá-lo, o usuário recebe um cupom, por e-mail, para apresentar na loja que fez a oferta durante um período estabelecido: seis meses, por exemplo.
– A ideia é sempre dar um superdesconto. Algo que a pessoa diga “uau!” – explica Julio Vasconcellos, sócio-fundador do Peixe Urbano, que já ultrapassou a barreira de um milhão de usuários registrados no país.
O modelo de negócio da compra coletiva é simples. Representantes comerciais de sites pesquisam estabelecimentos e fazem propostas de parceria. A página entra com os anúncios na internet, sem custo para o anunciante. Uma comissão sobre o total vendido fica com o site. Normalmente, ela gira em torno dos 40%.
A compra pega carona no crescimento do comércio eletrônico, que faturou R$ 6,7 bilhões no Brasil entre janeiro e junho de 2010 – alta de 40% sobre o mesmo período de 2009, segundo a consultoria e-bit. Além disso, o Brasil é o país onde se passa mais tempo na internet: 45 horas por mês, de acordo com o Ibope.
“Como não comprar?”. A pergunta que passou pela cabeça da empresária Joselene Mendes, de 42 anos, ajuda a explicar o sucesso do negócio. Ela está entre os 108 compradores da porção de bruschetta com taça de vinho a R$ 13 no restaurante Bruschetteria, na Lagoa da Conceição, atraídos pelo desconto de 62% em relação ao preço normal (R$ 34).
A oferta foi uma das quatro realizadas no Peixe Urbano desde que sua estreia em Florianópolis, há pouco mais de uma semana. Joselene pretende saborear a compra ao lado do marido depois do feriado.
– As mulheres se permitem comprar por impulso rapidamente – afirma Pedro Guimarães, sócio do Imperdível, primeiro site nacional a desembarcar na Capital, no início de agosto.
Não é à toa que elas respondem por entre 60% e 70% das compras no Imperdível e no Peixe Urbano.
Aposta no local para enfrentar os grandes
Os sites também se esforçam para fisgar os usuários oferecendo a oportunidade de que eles conheçam novos lugares. É o que Alexandre Amorim chama de pérolas. Executivo de Planejamento Estratégico de uma agência de publicidade da Capital, ele e um sócio lançam, na próxima quarta-feira, o Compra Catarina.
Ele acredita que conhecer bem a cidade é um diferencial importante na hora de garimpar parceiros para promoções. O site tem como meta se expandir para a Grande Florianópolis e outras quatro cidades do Estado até o fim de ano. Seria um filão desinteressante para sites nacionais, pelo volume menor.
– Quando você une rede social com e-commerce, gera o casamento perfeito no Brasil – afirma Amorim.
Conforme Alexandre Umberti, diretor de marketing e produtos da consultoria de comércio eletrônico e-bit, a compra coletiva, apesar de tentadora, exige atenção quanto a prazos e qualidade dos produtos. Enquanto o comércio eletrônico tradicional promete entregas em três dias, na média, os clubes de compras chegam a dar prazos de 30 dias, informa.
– Mas é um segmento muito promissor.
O consultor de empresas Sérgio Luiz Pureza recomenda que, antes de se entregar às barbadas online, o consumidor deve certificar-se de que é um serviço confiável, seja por se tratar de uma empresa conhecida ou pela indicação de amigos que já utilizaram o serviço.
Por: Todos por Um
Categoria: Cases
A demanda por sistemas de compras coletivas é bastante grande para quem trabalha com sistemas de pagamentos como nós.
Compras Coletivas passou a ser uma palavra de alta procura na internet que desperta atenção de todos. Aqui no iPAGARE, mantivemos olhos e ouvidos atentos ao mercado para ajudar nossos clientes com este novo tipo de demanda.