Estudo aponta que dois a cada três brasileiros não fazem compras pela web

Uma pesquisa conduzida recentemente pela Mintel, empresa especializada em inteligência de mídia e mercado, revelou que dois em cada três brasileiros (67%) não adquiriram nenhum produto pela Internet nos últimos doze meses e, aproximadamente, um cada dez compraram apenas um item no período.

Turismo lidera

A categoria mais popular entre os brasileiros nos últimos doze meses foi turismo, responsável por vendas para 14% dos entrevistados. De acordo com Victor Fraga, analista sênior de Varejo da Mintel, as empresas desse segmento podem estar faturando mais por comercializarem um produto que não precisa ser “tocado ou averiguado” antes da compra: “Varejistas de outros setores poderiam ultrapassar essa barreira, da inspeção, adicionando imagens em 3D e fotos em alta resolução dos produtos”, afirma. Além dos pacotes de viagens e hospedagem, eletroeletrônicos performaram bem no período com 13% das vendas no período analisado. O setor que obteve os piores resultados foi o de comida e bebidas, sendo citado por apenas 3% dos consumidores.

Insegurança online

A falta de segurança segue sendo um dos principais motivos para coibir as vendas, com 30% dos consumidores se preocupando com a ocorrência de golpes online. Outros motivos atrelados à insegurança são: idoneidade dos produtos adquiridos (22%) e leniência na entrega (19%). Um a cada quatro brasileiros destacou que prefere não comprar em sites que demandam o CPF. E apenas uma pequena parcela (3%) afirmou que “comprar na Internet é mais seguro que se dirigir a uma loja física”.

Cenário animador para o futuro

A pesquisa também mostrou um panorama do crescimento do e-commerce no Brasil nos últimos 5 anos. No período, o comércio eletrônico nacional reportou 250% de crescimento, saltando de 14,8 bilhões, em 2008, para R$ 51 bilhões em 2013. E a previsão é de que no futuro o setor atinja R$ 102 bilhões em 2017 e R$ 115 bilhões em 2018. Para Fraga, o crescimento econômico do país e a melhora no acesso à Internet estão impulsionando esses números: “As receitas impressionantes desse setor são comparáveis a áreas mais maduras e tradicionais da indústria brasileira, como alimentos e bebidas, e varejo de carros”, conclui.