O momento do m-commerce
O varejista online que deseja aumentar suas vendas deve ficar atento ao m-commerce. É o que mostra a pesquisa realizada pela Nielsen, instituição especialista no monitoramento de ambientes online. De acordo com o estudo, smartphones e tablets são indispensáveis para 50% dos consumidores na hora da compra. Além disso, 1/3 das vendas realizadas pela Internet já são realizadas pelos dispositivos móveis.
Para Rodrigo Schiavini, diretor de negócios da FBITS eCommerce One Stop Shop, empresa especialista em tecnologia para comércio eletrônico, este é o momento para investir em lojas virtuais no ambiente mobile. “A popularização dos smartphones e tablets, o aumento da cobertura 3G e 4G e o aprimoramento dos sistemas operacionais dos dispositivos são fatores que mostram que estamos diante de um excelente canal de vendas”, afirma.
No entanto, Schiavini defende que não basta lançar uma versão de uma loja virtual para celulares e tablets. É preciso desenvolvê-la especialmente para o mobile, com foco em praticidade e conversão. “O varejista precisa ter em mente que a grande maioria das compras mobiles é por impulso e, diante disso, o cliente tem pouquíssimo tempo para concretizar uma compra. O recomendado é simplicidade e o direcionamento do cliente para a conclusão da compra, sem pontos de fuga”, indica.
A loja Vininha, que comercializa minissanduíches, já percebe o avanço do m-commerce no Brasil. Edivan Trevizan, sócio do Vininha, revela que há um ano, 15% dos acessos ao site da marca vinham de dispositivo mobile. Atualmente, este número chegou a 40%. De acordo com ele, o m-commerce é bastante interessante para os negócios do Vininha, pois é possível aumentar a escala sem aumento de custo e de estrutura.
“Acreditamos muito neste canal de vendas. Hoje, está todo mundo com o celular na mão o tempo todo. Investimos muito no mobile”, completa Trevizan.
Desafios
Embora esteja em alta, ainda falta muito para o amadurecimento do m-commerce no Brasil. É no que acredita Schiavini. Para ele, existem muitas ideias de como vender no mobile, porém nenhuma ainda completamente com o sucesso comprovado. Ele cita como exemplo o caso com o Facebook, que até pouco tempo era tido pelos empresários do setor como um canal no qual não era possível monetizar.
Embora esteja melhorando, a conectividade também é um desafio para o m-commerce. “Quantas vezes você precisava acessar algo no celular e se deparou com a Internet lenta?”, questiona Schiavini.
Para o especialista, um bom modo de conquistar os consumidores no mobile é por meio das campanhas publicitárias, que devem ser direcionadas ao comportamento do usuário. “Se a sua loja comercializar comida, por exemplo, você pode anunciá-la no Facebook na hora do almoço. Essa estratégia tende levar muitos usuários à loja em pouco tempo”, aconselha.
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