Qual é a melhor plataforma de comércio eletrônico?

| 18/07/2016 - 17:57 PM | Comentários (1)

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A pergunta mais frequente que recebo de meus clientes ou de profissionais do mercado em geral é: qual é a melhor plataforma de comércio eletrônico?

 A verdadeira dúvida, razão de ansiedade e atenção de empresas e grupos dispostos a evoluir comercialmente nos canais digitais, é pela plataforma mais adequada ao seu negócio, melhor capacitada a atender às suas necessidades e cabível às possibilidades de sua empresa, e as alternativas são muitas. É mais ou menos como comprar um carro. Todos os carros servem ao seu propósito original, que é transportar a você e mais alguma coisa para onde for necessário e possível, mas nem todos vão te servir bem, ou vão estar ao alcance do seu orçamento. Mesmo que estejam pode ser que, apesar de ótimos, não caibam na sua garagem, a sua esposa não goste, ou não tenham uma rede autorizada para te atender quando for necessário. É uma representação simplória, mas boa pra te apresentar a complexidade dessa importante decisão.

A base de tudo

Essa escolha fica bem mais simples quando começamos do jeito certo, e o jeito certo é voltando a atenção para o seu negócio com suas respectivas características, necessidades e expectativas. É sabido que você quer ter presença e vender na WEB, mas com qual ambiente e estrutura esse novo braço digital vai se relacionar? Qual a independência ou relação com o negócio original? Aonde vai se abastecer de informações, produtos, suporte? Seu negócio é novo, sua proposta está lastreada em serviço ou no produto em si? Sua carteira de clientes se relaciona bem com o meio digital? Sua empresa atua em outros canais, é importante que eles se integrem?

É claro que esse é um processo que não se descreve dessa maneira caótica. Há metodologias relativamente simples que podem ser aplicadas e trazer respostas objetivas para as questões de infraestrutura, gestão comercial e estratégia. O resultado disso é uma opção mais consciente, longe de atribuir à sua loja eletrônica capacidades miraculosas e sim definindo papéis claros, identificando funcionalidades necessárias para as demandas de sua empresa, tantas quanto possível, e que ajudem a atingir os objetivos desejados. Hoje já temos massa crítica no mercado para compreender o real potencial de uma boa loja eletrônica, e certamente ela se presta muito mais do que a venda de seus estoques existentes. Ela será determinante para aproximar sua proposta de serviços e produtos do público em geral, torna-la conhecida e familiar com relacionamento e informações relevantes, mesmo antes que a venda seja uma hipótese, mas sua empresa já será presente quando a oportunidade chegar.

Momento da definição

Com esse mapeamento das necessidades e expectativas feito e eventuais problemas contornados, vamos então finalmente optar pelo melhor parceiro/fornecedor. Tenha em mente que essa é uma tarefa multidisciplinar. Eleger o seu gerente de TI como principal agente de decisão vai ser tão equivocado quanto deixar isso nas mãos do diretor de vendas, ou de MKT.  O ideal seria uma decisão em conjunto, avaliando as competências e afinidades técnicas, operacionais, comerciais e promocionais, mas isso deve resultar também numa discussão bem complexa, para usar um termo educado. Convidar um profissional fora do grupo, que reúna um pouco de cada uma dessas competências e conheça as soluções disponíveis para ajudar nesse processo, pode ser uma solução mais barata e eficiente do que se imagina. Ele deve ser capaz de falar um pouco da língua de cada departamento e entender suas necessidades/limitações/desejos, e traduzir isso na melhor solução possível, com isenção e foco em resultado.

 Com relação a contratação da plataforma em si, é preciso ter em mente também que nesse momento estamos falando da aquisição de um software, eventualmente um hardware ou de um contrato de serviços fornecendo essas duas coisas, ou parte delas, e que isso vai ter que se encaixar eventualmente a uma operação que já existe em outros canais. Essas soluções estarão disponíveis em empresas de todos os portes, preços e complexidade. As funcionalidades deveriam ser em tese as mesmas, mas não são. Talvez as mais básicas como expor vitrines, fazer busca individualizada de produtos , alterar preços etc etc. Mas se você precisa ou pretende integrar canais e redes sociais, ancorar outras lojas e marcas, colaboradores, regionalizar preços e promoções, certamente terá que buscar o fornecedor certo, pois nem todas serão capazes de apresentar todas essas funcionalidades numa mesma solução. São tantas as possibilidades e suas combinações que poderíamos fazer um artigo só dedicado a apresentar os diferentes tipos de serviços e soluções que o mercado oferece, posso garantir que ele tomaria algumas páginas, mas as opções seriam naturalmente reduzidas a medida que suas necessidades ficarem melhor delineadas.

Observando o perfil e respeitando a vocação

Não obstante as questões técnicas e estratégicas, decisões importantes são às vezes tomadas em função de coisas que costumamos desprezar, mas não deveríamos. Empresas grandes gostam de contratar fornecedores igualmente grandes, e costumam não ter sequer processos capazes de incluir outros de cultura menos sofisticada. O inverso também é verdadeiro, soluções solidamente formatadas dificilmente se encaixam em empresas de perfil mais ágil, digamos, que não costumam valorizar os “medalhões”. São muitos os exemplos que podemos atribuir simplesmente a questões emocionais ou culturais, mas que em alguma medida compõe o perfil e mesmo avocação da empresa. É importante respeitar isso no processo decisório, mas é igualmente mandatório alertar para os desvios que desconsiderem as necessidades mais evidentes em benefício desse viés, digamos, cultural. Momentos de introdução de novas práticas são bons para se corrigir vícios de comportamento, principalmente quando eles já são percebidos pelo grupo. É menos traumático que tentar uma grande revolução, faz-se aos poucos, e os benefícios corroboram as mudanças.

Enfim, a busca da melhor plataforma não é uma pergunta sem resposta, mas sim uma pergunta que merece uma resposta bem elaborada, e que tem destino certo sim. Iniciar uma atividade, acelerar as já existentes ou incorporar suas atuais ofertas ao mundo digital pode e deve ser um processo cuidadoso e ambicioso ao mesmo tempo. O importante é perceber que  não se trata de construir um site, e sim de edificar um negócio, ou um braço dele. Deve ser feito com atenção aos detalhes de um mercado que está em transformação, mas já existe, e vai fornecer subsídios para a decisão correta.

Se quiser falar mais desse assunto entre em contato, vai ser um prazer conhecer a sua experiência de convivência com a Nova Economia.

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Categoria: Dicas

Sobre Ricardo Daumas: Ricardo Daumas é Sócio fundador da SOLU9, que se apresenta principalmente para planejamento e implementação de ações integradas de e-commerce, marketing, operações e gestão de produtos tanto no varejo quando no setor de serviços e publishing. Atuou como executivo na C&A, Editora Abril , AOL Brasil e Livraria Saraiva , e a partir de 2010 passou a dedicar-se a projetos de terceiros, implementando operações de e-commerce integradas ao varejo e indústria, inicialmente como Diretor da GS&MD Gouvêa de Souza e agora a frente da SOLU9 e seus parceiros.Quer falar mais sobre Nova Economia? [email protected] Ver mais artigos deste autor.

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Comentário (1)

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  1. Kevin Jr. disse:

    Já cheguei avaliar diversas e plataforma e considero as plataformas da VTEX, FBITS, Shopify muito boas.

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