5 regras para gerar resultados com o marketing de conteúdo

| 08/02/2012 - 12:05 PM | Comentários (2)

Publish or perish (traduzido em português para “publique ou morra”) é um jargão cunhado nas universidades, mas poderia muito bem ter sido criado para as empresas que investem em marketing digital. Gerar conteúdo relevante e constantemente atualizado é igualmente importante tanto para o sucesso e a sobrevivência de um profissional do meio acadêmico quanto para uma empresa na internet.

Afinal, o que o seu consumidor ou cliente em potencial procura quando faz uma pesquisa no Google ou visita o seu site? Ele quer informação sobre alguma coisa de que necessita no momento. Pode ser o detalhe técnico de uma câmera fotográfica que pretende comprar, a previsão do tempo para o próximo fim de semana, algum vídeo engraçado para descontrair o estresse do dia ou o contato de um fornecedor para complementar o terceiro orçamento de uma licitação. Quanto mais prático, elucidativo ou atraente for o conteúdo, mais chances terá de ser relevante e maiores as chances de quem acessou voltar interessado em novos conteúdos, em um orçamento ou em uma compra direta.

Nos EUA, o conteúdo é levado tão a sério que se transformou em um braço do marketing digital (o content marketing, ou marketing de conteúdo) com vários sites e portais especializados no assunto, entre eles o Content Marketing Today (www.contentmarketingtoday.com). Um dos principais gurus na área é Joe Pulizzi (www.joepulizzi.com), autor do livro Get Content, Get Customers (Gere Conteúdo, Gere Clientes, em uma tradução livre). No Brasil, curiosamente, o content marketing ainda é pouquíssimo explorado, revelando talvez o pouco valor que damos ao que é nosso, uma característica cultural, aliás.

Mas isso não é de todo ruim. Ao contrário, é uma oportunidade para sua empresa se posicionar no mercado, criar diferenciais e se aproximar de seus clientes e consumidores. Para isso, o primeiro passo é descobrir as maiores prioridades e necessidades do seu público-alvo, aquilo que eles mais procuram na internet. O segundo é desenvolver material que atenda a estas necessidades com um alto grau de satisfação.

Como se vê, marketing de conteúdo é uma área com muito potencial e que pode se desdobrar em várias atividades, de acordo com o perfil do público-alvo, segmento de atuação e características da empresa. Para não estender a questão, vou listar cinco fundamentos essenciais que servem de referência para iniciar esse trabalho:

1. Tenha uma mensagem principal: O marketing de conteúdo é, antes de mais nada, uma forma de relacionamento e envolvimento com o seu cliente. Portanto, não perca a oportunidade de transmitir a imagem que deseja: credibilidade, versatilidade, qualidade, etc.

2. SEO depende de conteúdo relevante, e vice-versa: No Brasil, muitas empresas consideram que apenas o trabalho de SEO (colocar os site nas primeiras posições nas pesquisas do Google) é suficiente para gerar negócios. Mas sem conteúdo que atraia o interesse dos visitantes, a otimização se transforma em uma espécie de propaganda enganosa. Seu cliente pode encontrar o site, mas não as informações que realmente procura ou deseja, que vai frustrá-lo. Já conteúdo sem SEO é como ter um belo outdoor no meio do deserto. Nesse caso, quem acaba se frustrando é você.

3. Encare o conteúdo como uma prestação de serviço ao seu cliente em potencial: Veja o exemplo do site da Likestore, um aplicativo que transforma sua fan page no Facebook em uma loja. Além das informações sobre o funcionamento e vantagens, o site possui manual passo-a-passo para instalação e configuração que pode ser baixado. Já o portal IDG Now! (www.idgnow.uol.com.br), voltado para profissionais de tecnologia, oferece relatórios técnicos e estudos (White papers) em diversas áreas de TI.

4. “Espalhe” conteúdo pela internet: Estude todas as oportunidades para criar conteúdos nas redes sociais, mas lembre-se de que terá de seguir as características de cada uma. As pessoas interagem de uma forma no Facebook e de uma forma diferente no Twitter, por isso é preciso estudar suas diferentes linguagens e se adaptar a elas. Procure as empresas no Brasil e no exterior que melhor utilizam esses sites e avalie formas de implementá-las. Uma referência é a construtora Tecnisa (www.tecnisa.com.br), presente em praticamente todas as redes e mídias sociais.

5. Incentive o compartilhamento e a participação: Outra característica importante das redes e mídias sociais é a de permitir que as pessoas comentem, avaliem e compartilhem o conteúdo que lhes interessa, tornando-o mais dinâmico e aumentando seu potencial de viralização.

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Categoria: Tutoriais

Sobre Silvio Tanabe: Jornalista de formação, com pós-graduação em comunicação com o mercado pela ESPM. Foi repórter, editor de revistas técnicas e de negócios, assessor de imprensa, sócio de agência de comunicação empresarial e hoje é sócio da agência Clínica Marketing Digital (www.clinicamarketing8ps.com.br). Ver mais artigos deste autor.

Comentário (2)

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  1. Sandro disse:

    Dicas interessantes e muito úteis. A divulgação, aliada à relevância de conteúdo geram a chamada viralização, aí já com a participação do consumidor para interagir e criar vínculos de interesse para outros posts, comentários, avaliações dependendo da experiência de cada um.

  2. Maristela disse:

    Olá Silvio, você escreve muito bem! Gosto da maneira como você aborda os assuntos. Leve, descomplicada e sempre com informações complementares como esses links dos sites referências americanos.
    Também não entendo o desprestígio do Mkt de conteúdo por aqui. Afinal se os gurus da web vivem dizendo o mantra “o conteúdo é rei” fico me perguntando de onde eles tiraram isso. Será que apenas repetem o que leram nos livros de fora?
    Sucesso. Abs, Maristela

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