Marcas de luxo suíças processam chinês Taobao por vender produtos falsificados
As marcas de relógios de luxo suíças Omega, Longines e Rado entraram com uma ação em tribunal de Beijing contra o portal líder em e-commerce na China Taobao por vender relógios falsificados de suas marcas no site.
As três fabricantes afirmaram ter encontrado relógios falsos de suas marcas sendo vendidos no Taobao e exigem que o portal pare de ofertá-los a preços inferiores que 7,500 yuans (US$1,162.58) para prevenir as falsificações.
A Omega alegou que o preço médio de um relógio seu original seu gira em torno de 37,000 yuans, enquanto no Taobao existem relógios da marca sendo vendidos por apenas algumas centenas de yuans.
Outro portal chinês, o Qianlong.com, também foi processado por publicar anúncios de relógios falsificados no Taobao.
As três empresas juntas pediram um total de 2milhões de yuans em compensações por parte dos réus.
Um representante do gigante chinês afirmou que os vendedores que anunciam no Taobao são avisados que é sua obrigação legal vender apenas produtos originais quando estiverem registrados no portal. O Taobao já excluiu diversos links problemáticos após ser informado pelas empresas suíças sobre as fraudes com seus produtos, afirmou em nota divulgada ao People Daily Online.
Uma declaração do Taobao enviada por e-mail para o Global Times afirma que a companhia acredita ser injusto examinar apenas o preço do produto como padrão único de verificação de sua originalidade.
Huang Hui, um advogado do escritório de Beijing Wanhuida Law Firm, afirmou ao Global Times que, embora não seja possível para os portais de e-commerce examinar e verificar cada uma das informações postadas em seus sites, eles são obrigados a deletar todos os links problemáticos após tomarem conhecimento de irregularidades.
Mas relógios das três marcas suíças seguiam sendo oferecidos no Taobao nesta quinta-feira a preços mínimos de 200 yuans.
Disputas legais entre produtores de bens de luxos e sites de e-commerce estão se tornando comuns hoje em dia.
No início deste o ano, o Taobao foi processado pela empresa de moda Eland pela venda de produtos falsificados em seu site. A empresa chinesa perdeu o processo.
“O custo de vendas online é muito menor, e os preços de seus produtos são menores que os vendidos em lojas físicas, com a venda online de bens de luxo ganhando cada vez mais popularidade hoje em dia” afirmou Feng Lin, analista do China e-Bussiness Research Center.
“Mas a supervisão é um grande problema para sites de e-commerce. Produtos falsificados são também ofertados em muitos sites de compras coletivas” afirmou Feng.
O Taobao afirmou que no início de março deste ano começou a examinar aleatoriamente produtos vendidos no portal para prevenir a oferta de falsificações e de produtos não-autorizados, dizendo ter lidado com 47 milhões de casos de infrações neste ano.
Categoria: Disputas