Facebook pode sofrer investigação antitruste pelo uso do Facebook Credits

| 30/06/2011 - 12:44 PM | Comentários (0)

O Consumer Watchdog, um grupo defesa do consumidor não partidário, pediu a Federal Trade Comission para que inicie uma investigação antitruste sobre o uso dos Facebook Credits, a moeda virtual da rede social. A chamada argumenta que qualquer criador de jogos sociais que queira disponibilizar seus jogos na rede social tem de incluir os Facebook Credits como forma de pagamento para a compra dos bens virtuais utilizados em tais jogos.

“A Consumer Watchdog acredita que o Facebook se utiliza de práticas comerciais desleais e monopólicas no mercado de bens virtuais”, afirmou Harvey Rosenfield, fundador do grupo, em uma carta para o FTC. Especificamente, o grupo de defesa afirma que ao impor aos criadores de jogos virtuais a sua moeda, ela permite a rede social manter monopólio sobre o mercado de bens virtuais utilizados em tais jogos.

Os consumidores geralmente são habilitados a jogar de graça na rede social. Os jogadores usam os Facebooks Credits para comprar bens virtuais dentro dos jogos, como por exemplo, um animal estilizado para sua fazenda virtual ou mais energia para empreender as ações dos jogos. Pode-se utilizar o cartão de crédito para a compra dos créditos, e normalmente se ganham bônus para compras de grandes quantidades. Os varejistas online também utilizam tais créditos como ferramentas promocionais, sendo distribuídos como prêmios por compras, por exemplo.

A partir de sexta-feira, os criadores poderão incluir suas próprias moedas nos jogos para o Facebook, mas os consumidores terão de compra-las através dos Facebook Credits. Por dominar cerca de 60% do mercado de jogos virtuais sociais, a Consumer Watchdog acredita que tal exigência expande o monopólio do Facebook através de sua nova política para os créditos.

A Consumer Watchdog apresenta diversas objeções em partes dos termos de compromisso do Facebook quanto aos seus créditos. Por exemplo, as redes sociais taxam os criadores de jogos em 30% nas operações com seus créditos; a Consumer Watchdog afirma que esta cobrança de taxa pela utilização da moeda virtual dificulta aos pequenos criadores de jogos competirem com grandes empresas já estabelecidas na rede social.

O texto também afirma que o Facebook irá proibir os criadores de jogos de ofertar bens virtuais e descontos para seus jogos em outros locais que não a rede social. O Consumer Watchdog afirma que, como a maioria dos criadores não pode se dar ao luxo de perder um canal como o Facebook, a regra faz com que se aumentem os preços dos bens virtuais e isso sufoca parte dos concorrentes, principalmente os pequenos.

“O efeito destes termos é criar uma barreira para a competição entre criadores de jogos sociais e entre os potenciais concorrentes do Facebook, redes sociais ou sites de web que funcionam como plataforma para jogos”, afirmou a denúncia.

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Categoria: Legislação

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